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Caneca de Letras

17.09.20

 

Estou voando para além do que seria imaginável, caminhando por entre o que não seria expectável, reescrevendo aquilo que não adivinhava escrito...

De mãos dadas com a intrínseca vontade de correr, correr sem parar, de pulmões abertos, respirando tudo de uma vez.

Nas entranhas da alma a querença de viver tudo intensamente, como se fosse o último pulsar de esperança, nessa correria de indiferença que nos circunda, nos entrelaça, nos espera.

Corro, corro imensamente na busca do prometido oásis, essa felicidade descrita na ingénua imaginação que um dia a todos iludiu, esse olhar pincelado de cores, sabores... amores.

O tempo...

Tic tac, tic tac, tic tac.

Os abraços agora perdidos, o afago agora esquecido, o gélido afastamento agora imposto, vai marcando a fria constatação desse solitário egoísmo cada vez mais marcado nos rostos do mundo, um fracturante partilhar que ameaça esse futuro desconhecido.

Estou voando para além do que seria imaginável, buscando esse amanhã que será sempre indecifrável, nas entrelinhas de um futuro ansiadamente melhor...

Até lá, se Deus quiser.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

16.09.20



 

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Já dizia a famosa canção, nessas palavras ao vento, ventando o chão... contando a doce contradição, de um amargo tormento, atormentando a solidão... ai triste sonho, sonhado em vão, arrependido sofrimento, de uma desmesurada ilusão.

Vai caminhando com Antero e Pessoa, voando nas asas da vida, desejando a deslumbrante e ardente Lisboa, esquecendo as suas margens ferida.

Lisboa...

meu amor!

Tão bela, tão jovialmente "nossa".

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

15.09.20

 

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Estive a ver o documentário da SIC, que passou Domingo à noite, Ângelo Rodrigues - Toda A História.

Absolutamente extraordinário.

Não vou aqui perder letras, palavras, linhas ou tempo nos julgamentos da praxe, feitos por "julgadores" profissionais que se assomam de verborreia para descrever os erros  imperdoáveis de outros...

O que para mim se tornou mais relevante neste documentário foi o olhar e a esperança, o medo e a coragem, a partilha e a dignidade.

O olhar do Ângelo e daqueles com quem ao longo do tempo se foi reencontrando, amigos, médicos, colegas de trabalho...

A esperança que parecia saltar da sua alma, em cada pedaço da etapa, em cada partícula de imagem ao longo da travessia...

O medo que amarrou cada lágrima vertida, por entre, o maior desafio de sua vida...

A coragem por ter decidido, etapa por etapa, meta após meta, reencontrar e agarrar cada gota desta nova oportunidade que a vida lhe está dando...

A partilha, essa forma superior, de todo um percurso, de um assumir de inseguranças e receios, de toda uma tragédia servindo de exemplo para memória futura, de tantos que se sentem "imortais", nesta longa viagem... 

A dignidade, com que a SIC trabalhou nesta reportagem, esse cuidado de expor sem magoar, de contar sem ferir, de zelar expondo a verdade, não beliscando a alma e o coração daquele que foi o protagonista de tamanha caminhada...

Que o pôr do sol da praia do Guincho presente no fim deste documentário possa simbolizar um novo capitulo, carregado de esperança, na viagem do Ângelo Rodrigues.

Eu gostei imenso...

Boa sorte Ângelo!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

09.09.20

 

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Para quê a pressa, nessa alucinada viagem,

essa espécie de remessa, de vento, aragem,

esse contraditório caminhar,

sonho, luar...

 

Para quê a correria, misto de ilusão,

pedaços de maresia, lágrimas sem travão,

nesse olhar de memórias,

saudades, histórias...

 

Para quê se constrói a palavra, letras soltas ao vento,

essa navalha amarga, punhal e tormento,

voltando para casa, nesse desafio que quer gritar,

soltando a asa, que um dia aprendeu a voar...

 

Para quê?

Para viver...

Para amar!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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