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Caneca de Letras

17.07.20

 

Descoberta, essa forma de querer que nos eleva, deslumbra, e nos torna para sempre jovens.

Foi assim que descobri Anson Seabra.

Num acaso melodioso, voei até ao Welcome to Wonderland...

Depois não parei, por  entre, Emerald Eyes, Robin Hood, Do Me a Favour, Thats Us, entre tantas músicas.

Letras absolutamente fascinantes, bem escritas, poeticamente intensas, entrelaçadas nos acordes de um piano esplendoroso.

Oiçam, procurem, apaixonem-se.

Aqui fica, Emerald Eyes...

 

 

 

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

16.07.20

 

 

 

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Quatro paredes, sem janelas, numa profunda escuridão, imenso orgulho perdido, num entrelaçado e intenso mal querer que me consome.

Abro os olhos e à volta percebo...

Que por entre vidas me distrai, dançando entre estrelas, perdendo o foco, a essência do sentir, esse florescente céu que indicava a contraditória felicidade que não chegou.

Será a dor a conselheira maior de tamanha aventura ou singelamente esta dor apenas serve para criar o verso e delinear a poesia?

Entre partidas e chegadas, se desnuda o poema, entre humilhações e lágrimas se desenham as palavras, as odes perdidas no coração...

Pois o que importa amar, se a safira ardente no céu é apagada, vez após vez, pela mesma mão que anseias entrelaçar?

Vezes sem conta...

E esse ardente caminho, solitário, se afigura constante, instante, ardente.

Degraus e mais degraus, numa escadaria interminável, carregando o pesado coração desse desamor que magoa, tantas vezes magoa, até ao indisfarçável fim que se apresenta no horizonte.

Mas sobra a poesia...

A ardente poesia que se abeira e ressalta, numa melodia da Disney, num poema de Vinicius, num quadro de Picasso.

A ardente poesia que alimenta o desgosto, imposto, tão presente que ameaça o ausente querer de não regressar.

Que valha a pena...

Sem voltar para trás, sem olhar para trás, num infinito céu estrelado.

Pois amar, sem sentir, é demasiadamente pequeno...

Para mim.

 

 

Filipe Vaz correia

 

 

 

 

 

15.07.20

 

 

 

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Viajo em alto mar numa casca de noz;

Com medo das noites de trovoada,

Enfrentando ondas sem voz,

Gritando a solidão desenfreada...

 

Imensidão de tortura;

Na tortuosa e desesperante vontade,

Declamando loucura,

Por entre poemas de saudade...

 

Provando o travo do mar salgado;

O sabor das tamanhas lágrimas companheiras,

Na memória resguardado,

As culpas conselheiras...

 

Dormindo ao relento;

Viajando sem destino,

Pelas agruras e tormentos,

Que compõem este meu desatino...

 

E mar adentro;

Nesse rumo sem melodia,

Aguardo o desencontrado momento,

Em que reflectida na água,

Se revelará a mais doce parte de mim...

 

Ali na desnudada maresia;

Na esperançada contradição,

Serei uno,

Entre a alma e o coração,

Entre o que fui e serei...

 

Entre as sonhadas parcelas daquela criança.

 

 

 

 

14.07.20

 

 

 

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Escrever, escrever, escrever, regurgitar o que na alma vai, minha, tua, das tamanhas solidões que se desencontram nas ruas, despidas e cruas, para sempre caladas por entre as cerradas janelas da vida. Nada pode ser mais sentido do que esse vazio colectivo, o sentir superficial do demasiado, sem que nada seja completo, intensamente fechado num ciclo bastante, agonizante e turbulento. Um quadro esborratado de todas as cores, tamanhas, misturadas na complexidão do exaustivamente quantitativo, sem que dele transborde nada, sumo, sequência. A exactidão perfeita da imperfeição, fraca e incompleta, que se afigura de somenos. Esse foi sempre o medo maior... a ausente sensação de sentir. Desse mal não sofro, sendo que de tantos outros me confesso, na exacta precisão de minhas fraquezas, diminuídas formas de querença. Respiro intensamente, de forma primeira e inteira, como se fosse ela a derradeira, tudo de uma vez. Caminho seguro na beira do passeio, equilibrando os sentidos, na beira desse abismo que me consome. Caio ou não caio... não importa, pouco importa, desde que vivido por dentro, pulsando a alma nessa confusa mistura de tempos. Para tantos o caminho se faz caminhando, trilhando espaços e palcos, pincelados uma e outra vez, numa repetida "História" de encantar. Porque não? Ou... Porque sim? Sei lá. O quadro vazio, demasiadamente vazio oferece sempre a oportunidade de nova imagem, novo desenho, novo e intenso sonhar... num novo dia, num novo querer que por vezes magoa, até esventra se o ardor for tamanho, mas sempre permitirá sentir de forma única, como se aquele sentimento fosse intemporalmente verdadeiro... verdadeiramente intemporal. E isso é que torna  belo o Olimpo. Nem todos o saberão, nem mesmo aqueles que o julgam saber, por vezes, talvez acreditem se recordar, mas nas asas das nuvens, desse Olimpo de poucos, sobrará, longuiquamente, pedaços de sorrisos, desfeitos, daqueles que ousaram tentar. Despojos ardentes de dores e feridas, de tantos... nesse caminho imperfeito ousarei continuar a buscar essa perfeição perdida no templo de Zeus.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

11.07.20

 

 

 

 

A poesia, sempre ela, faz parte da minha alma, como um ADN que descodifica cada pequena parte de mim.

José Ángel Buesa é um dos poetas que mais gosto, um dos que sabe tocar a tristeza, mesmo que bela, que ampara a lágrima, mesmo que discreta, que segreda, por vezes, esse vazio que nos inquieta.

No meio da dor, que nos alimenta o Ser que somos, importa olhar para as palavras e descobrir as despedidas necessárias de um intenso caminho.

Despedidas passadas, dores presentes, desafios futuros...

Obrigado, José Ángel Buesa.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

10.07.20

 

 

 

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Parece que Kayne West é candidato às próximas eleições Norte Americanas...

A que ponto chegámos?

Segundo li, a sua mulher, uma inspiração nas redes sociais, fará parte da equipe de campanha e uma Pastora Evangélica será a sua Vice-Presidente.

Um programa de excelência, radical contra as vacinas ou  contra qualquer tipo de aborto e sustentado numa qualquer cidade do mundo Marvel.

Um aperitivo de aberração saído da mente de um mentecapto...

Qual o lado mais assustador?

Poderá um mentecapto vencer as eleições Americanas?

Claro que sim...

Basta olhar para 2016.

Kim, Donald, Melania ou Kayne, todos funcionam no mesmo paradigma, ou seja, esse lado fora do sistema que promete radicalismo, travestido de populismo, em nome do que alguns, ressabiados, querem ouvir.

Também por cá existem..,

Já estamos no patamar Kayne West, o Tiririca lá do sítio, sendo que é possível atribuir ao dito palhaço, uma credibilidade difícil de reconhecer ao rapper Americano.

Enfim...

Os tempos que correm.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

09.07.20

 

 

 

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Amor da minha vida

que me fazes perder o sentir

esse respirar que se suspende

que só a alma compreende.

 

Desejo o teu cheiro

em cada momento inteiro

sabor primeiro

nunca derradeiro 

e assim infinitamente.

 

Por ti vivo

e morro

suspiro e deliro

me perco e reencontro

tudo de uma só vez.

 

E de todas as vezes

sem receio

te abraço

eternamente.

 

 

08.07.20

 

 

 

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Amar, amar, amar...

Morrer de amor, sofrer amor, querer de amor...

Não desliga por favor, nessa despedida cantada, despida nortada, que se abeira do fim...

Do fim que reinicia, da desesperada partida, maldita desdita que não cala...

O silêncio, sofrimento no tormento, desesperado sentimento, num ausente momento...

Tão presente quanto ausente, num olhar o esgar, desse sentir que se esconde...

Escondido e perdido, no mar despido, amargurado e sentido, orgulho ferido...

Pois faz parte desse amar, o saber perdoar, tão imenso se entrelaça o bater da alma...

Anjos e demónios, antónimos e sinónimos, estranhos e homónimos, numa caminhada mundana...

Pé sobre pé, de mãos dadas, no silêncio das paredes, com a lua como testemunha, do outro lado da janela...

E ali se segreda a vontade, a saudade, a intensa verdade...

De um amor.

O nosso amor

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

07.07.20

 

 

 

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Estava com a minha mulher a jantar, quando uma amiga nos mandou uma mensagem que havia recebido, sobre a brutalidade que aqueles polícias na Amadora haviam sofrido.

Tinha visto a imagem e comentado com amigos meus que se aqueles meliantes fossem Portugueses deveriam ser presos, caso não fossem deveriam ser deportados.

Simplesmente isso...

Só não posso corroborar é que através deste triste exemplo, a juntar a tantos outros, possamos catalogar todos os Emigrantes ou todos os Portugueses, todas as raças ou todos os credos.

Aquelas pessoas em concreto terão de ser julgadas e punidas, apenas elas, somente elas, literalmente isso.

Qual não é o meu espanto quando nessa imagem, recebida pela nossa amiga, estavam quatro policias completamente desfigurados, feridos, agredidos sem apelo nem agravo...

Fiquei perplexo.

A legenda reportava para aquele dia, para o caso na Amadora, com comentários do género...

"Disto ninguém fala!"

Comentários deste calibre para alimentar o ódio que fervilha no ressabianço de tantos, de alguns que inconformados com a sua vida encontram no ódio pela diferença a justificação para as suas amarguras.

Olhei atentamente para a fotografia...

Aproximei a imagem...

Das quatro imagens, apenas uma era de um polícia Português, mas mesmo nesse caso, não poderia responder àquele acto de vandalismo.

Os outros Polícias, uma senhora e dois senhores, nenhum deles pertencia sequer à policia Portuguesa...

Um tinha o nome de McGraham, o outro um nome pouco perceptível mas não Português e a dita senhora tinha um escudo de uma policia estrangeira.

E por aqui andamos...

Neste mundo de Fake News, que asseguram a alguns o caos necessário para sustentar os seus argumentos, para as condições necessárias de um catalisador de insegurança.

Mais do que nunca importa que as empresas tenham consciência deste problema, se o Twitter ou outras plataformas nas redes sociais responderam afirmativamente a este desafio, será deveras importante que o Facebook se debruce sobre este pormaior que inquina a Democracia por todo mundo.

A atitude da Unilever, Coca Cola, Honda, entre outros anunciantes, que fez abanar a empresa de Mark Zuckerberg é essencial para que esta desperte para um dos mais graves problemas da actualidade...

As Fake News e a sua importância nas campanhas populistas que podem mudar o rumo deste planeta em que vivemos.

Aqui não existem hesitações...

Se o critério exigido for a Verdade, aquele que sempre deveria nortear qualquer notícia, eliminaremos grande parte do alimento dos boçais populistas e do seu coro de "carneiros".

Será pedir muito?

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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