08.07.20
Amar, amar, amar...
Morrer de amor, sofrer amor, querer de amor...
Não desliga por favor, nessa despedida cantada, despida nortada, que se abeira do fim...
Do fim que reinicia, da desesperada partida, maldita desdita que não cala...
O silêncio, sofrimento no tormento, desesperado sentimento, num ausente momento...
Tão presente quanto ausente, num olhar o esgar, desse sentir que se esconde...
Escondido e perdido, no mar despido, amargurado e sentido, orgulho ferido...
Pois faz parte desse amar, o saber perdoar, tão imenso se entrelaça o bater da alma...
Anjos e demónios, antónimos e sinónimos, estranhos e homónimos, numa caminhada mundana...
Pé sobre pé, de mãos dadas, no silêncio das paredes, com a lua como testemunha, do outro lado da janela...
E ali se segreda a vontade, a saudade, a intensa verdade...
De um amor.
O nosso amor
Filipe Vaz Correia