Destino...
Filipe Vaz Correia, 05.05.20
Quero lá saber
se por entre saber,
sabedoria bacoca
de mente oca,
se reescreve a história
a destemperada memória,
redesenhando algures
um pedaço de mim.
Porque não retenho promessas
palavras vãs ou remessas,
no meio dos dislates de alguém
escrevinhados que ficam aquém,
do que outrora foi prometido
romanceado, pedido.
Porque mil anos que viva
mil noites se passem,
guardarei para mim
cada estrela perdida,
cada esvoaçar sentido
sem receio de voar.
Pois esse voar
é o mais perfeito pincelar,
nessa tela desnuda
e muda...
Vagamente decifrada
por Destino.