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Caneca de Letras

16.06.19

 

 

 

Não quero mais sorrir;

Doce forma de mentir,

Num ápice a fingir,

Disfarçando o ferir,

Que se instala...

 

Não quero mais caminhar;

Abrir os braços e voar,

Soletrando o divagar,

Tão imenso renegar,

De um abraço...

 

Não quero mais querer;

Nem tão pouco insistir,

Somente entorpecer,

O leve resistir,

Que ainda subsiste...

 

Entre pinceladas;

Nesse quadro vazio,

Palavras adiadas,

Como peixes num rio,

Se dilui a encruzilhada de tamanhos versos...

 

Solitários versos de um poeta.

 

 

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