Porto Seguro...
Ó destino;
Que destinadamente me desencontras,
Abrasadoramente me desafias,
Num imaginar permanente,
Num rebuliço sentido,
Buscando sem fim,
Pedaços de mim,
Que desconheço...
Nesse perfiar que me invade;
Vai batendo a alma,
Numa repetida saudade,
Que se confunde com o bater do coração...
Saudade do que ainda não foi vivido;
Ou talvez tendo sido,
Noutra vida,
Em outro lugar,
Noutro desafiante destino...
E se vai entrelaçando;
O que parece não fazer sentido,
Fazendo...
O que parece fazer sentido;
Se desvanecendo...
Entre tantos destinos;
Tamanhos recantos,
Pareço voltar sempre,
Ao mesmo porto seguro...
De teus braços.