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Caneca de Letras

10.03.19

 

 

 

Caminha, caminhando;

Sem olhar para trás,

Mesmo que arda essa estrada,

Outrora povoada,

E agora deserta,

Numa mistura incerta,

Das certezas que ficaram perdidas,

Por entre as feridas,

Que insistem em arder.

 

Segue então;

Amarrando o coração,

Silenciando a desilusão,

Na certa convicção,

De que o futuro,

Guardará...

 

O que foi "verdade".

 

 

 

 

 

 

09.03.19

 

Na capa do Jornal Expresso, desta semana, uma frase marcante do já célebre Juiz Neto de Moura...

"Os casos que julguei, não são particularmente graves."

Et voilá!

Uma pérola de sapiência judicial, diria mesmo, de sabedoria ancestral na voz de um doto Magistrado.

Na verdade, não posso deixar de concordar com o Senhor Doutor Juiz, pois apesar de inicialmente ter ficado estupefacto, consigo compreender a plenitude e alcance de suas sábias palavras.

Em nenhum dos casos julgados pelo Juiz Neto de Moura, a vítima foi assassinada, morta, decapitada, logo a gravidade destes casos é absolutamente relativa.

As Senhoras poderão, em alguns destes casos, ter levado um par de bofetadas, uma ou outra cabeçada, um ou outro pontapé, o que analisando bem, em nada difere de um jogador de futebol ou de um pugilista profissional, encaixando assim no patamar de normalidade, aos olhos do "nobre" Juiz e provavelmente do seu "Deus".

Num desses casos, a Mulher terá levado com uma, "pequena", moca de pregos e noutro desses casos terá ficado com um tímpano perfurado...

Casos estes que têm levado, incompreensivelmente, ao histerismo da opinião pública.

Mas a dita Mulher não tem, ainda, um outro tímpano em bom estado?

Não consegue adquirir um daqueles aparelhos auditivos que estão sempre a anunciar nas televisões?

Não estão vivas? 

Se sim...

Para quê tamanho alarme?

De facto, no meio de todas as incredibilidades que vamos ouvindo e lendo, sobre este Magistrado, torna-se claro que não se tratará, apenas, de uma questão de lhe retirarem os casos de Violência Doméstica...

Na minha opinião, é caso para questionar se o dito Juiz estará na posse de todas as suas faculdades ou será apenas uma questão de Boçalidade bafienta, meio empedernida, por entre, o pó de uma qualquer caverna, de onde terá saído.

Haja paciência e já agora Justiça.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

08.03.19

 

A polémica está instalada, por causa de uma suposta mentira, do Chef Kiko Martins.

Tudo por causa de Marte.

Ora, evidentemente que esta situação tem de ser analisada, à luz de um critério Extraterrestre.

O que é mentira aqui, na Terra, pode bem ser uma hipotética verdade, lá para os lados de Marte, uma espécie de narrativa Socrática, capaz de enredar a mais bela argumentação.

A NASA nega este concurso e a sua eventual associação, desmentindo assim o Chef Português, num gesto deselegante e incompreensível...

Será que ninguém avisou os "Americanos" que o rapaz esteve a demonstrar os seus dotes no Programa da Cristina, onde anunciou a boa nova, a toda a Nação.

Quer dizer, com a SIC Internacional, foi para o mundo.

E vendo bem, até poderemos encontrar algo de Marciano nesta teoria...

Ir ao Programa da Cristina, é neste momento uma experiência quase Espacial, pois ali ninguém anda, todos levitam, devido aos estrondosos resultados que estão a conseguir nesta batalha, pela liderança das audiências.

Sendo assim, caso a Revista Sábado tivesse mencionado, este pequeno pormenor, tenho a certeza que a NASA, sabendo desta ligação, rapidamente se iria apressar em corroborar a história do Chef Kiko...

Talvez até ligassem para o Programa, em directo, de um qualquer local recôndito deste espaço que nos sobrevoa, em mais um momento icónico de audiências.

Opá! Lá diria a "doce" Cristina e num abraço apertado mandaria para o espaço todos os chouriços e alheiras, cogumelos ou farinheiras preparados pelo Chef "vencedor".

Assim, parece que tudo não passou de uma farsa, uma mentira trapalhona, tão inusitada como estúpida, anunciada num programa de televisão.

Meu caro Chef Kiko, se era para mentir, mais valia ter escolhido a Praça da Alegria, com o Jorge e a Sónia, pois provavelmente ninguém teria sabido, tão insignificantes que são as suas audiências.

Olhe que teria sido melhor.

Agora é aproveitar, pois algo me diz que teremos promoções num ou noutro Restaurante de Lisboa.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

07.03.19

 

Sou uma planta bonita e delicada, mediana em altura mas fina.

As minhas pétalas são brancas, mais brancas do que a neve...

Cheiro bem, como se fosse perfume mas cheiro mal quando me arrancam do meu lar.

Lar doce lar, onde vivem as minhas amigas, a Margarida, a Girassol e a minha melhor amiga...

Uma Rosa encarnada, a mais bela de todas elas, assim como, eu sou a mais bela das Rosas brancas.

Muitas amigas minhas já foram arrancadas do seu lar, à força, até perderem as raízes...

Com sorte, ainda não fui eu.

Mas só ouvi-las a gritar, a pedirem ajuda e a murcharem, já é uma tortura.

Há dois dias arrancaram a minha Irmã, a Rosinha, que só tinha 10 anos...

Coitada!

E existem criaturas perigosas que rastejam pelo chão, comendo pétalas e folhas, chamadas Lagartas.

Agora já sabem como é a vida de uma planta.

 

Matilde Bessa

9 Anos

 

 

06.03.19

 

Nada como buscar pratos novos, ideias que nascem na imaginação, nessa procura irreverente por uma nova sensação de felicidade, na cara de quem prova...

Desta vez, arrisquei um prato de Massa, uma arriscada mistura de sabores, por entre, Enchidos e Natas, Cogumelos e Pimentos.

 

Ingredientes:

 

. Pimentos

. Cogumelos frescos

. Esparguete

. Malagueta

. Coentros

. Sal

. Presunto

. Farinheira

. Natas

. Bacon

. Pimenta

. Baguete

. Alho

. Azeite

 

IMG-20190225-WA0003.jpg

 

Cortar uma Baguete em pedaços, regar com Azeite, Alho, Pimenta e finalizar com Orégãos.

Levar ao forno durante uns minutos.

Num tacho com água a ferver colocar o Esparguete, uma pitada de Azeite e Sal...

Deixar cozer durante uns cinco minutos e retirar do tacho.

Numa frigideira, em lume brando, colocar a Farinheira em pequenos pedaços e deixar fritar.

Levar o Presunto, o Bacon, os Cogumelos e os Pimentos ao forno até dourar, depois misturar tudo num tacho com as Natas, deixar ganhar textura e acrescentar os Coentros.

Num prato fundo, dispor a Farinheira cozinhada, acrescentar o esparguete, deitando o molho de Natas com os restantes ingredientes, por cima da Massa.

Picar uma Malagueta para finalizar e servir juntamente com o Pão de Alho.

Apreciem e comentem.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

05.03.19

 

Todos querem ir à casa da Cristina...

No dia da sua inauguração, telefonou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, seguido da presença de Luís Filipe Vieira, que por ali andou a jogar às cartas com a apresentadora.

Porém Cristina não ficou por aqui...

Partiu narizes e trocou dentes, cortou cabelos e retirou gorduras a pessoas comuns, enquanto abria as portas de sua casa, aos convidados "famosos" que ratificavam o estatuto do Programa.

Assunção Cristas levou a família, Marido e filha mais nova, pois os mais velhos estavam na escola, para uma conversa à volta de um arroz de tomate com atum, por entre, sopas partidárias, temperos políticos ou particularidades pessoais.

Bruno de Carvalho, o Ex-Presidente do Sporting, também por ali passou, neste périplo por conseguir promover o seu livro, rasteirinho, que descreve a sua realidade paralela, construída através da sua torpe mente.

Tudo o que está a ferver, passa por lá.

Até Conan, esse "Semi-Deus" da histeria Lusitana, não faltou...

Mesmo a querida Dona Dolores, não deixou de dar uma entrevista para o Programa da Cristina.

Desta vez foi António Costa, rodeado pela família, mulher, filhos e nora, dar o ar de sua graça na "casinha" da Cristina.

Num estilo casual, o Primeiro-Ministro cozinhou uma cataplana de peixe, respondeu a tudo e até participou, discretamente, na entrega de prémios.

Enfim, é esta ligeireza que acaba por seduzir telespectadores, mas também arrisca transformar a política num espaço mais superficial, de gestos encenados, imagens vendáveis, em contraponto com o que deveria ser a mensagem de valores objectivos, princípios discutidos no debate público, no seio da opinião pública.

Não digo que uma certa informalidade não possa acrescentar "verdade", ao quadro político de um País, no entanto, convém que essa informalidade não seja entrelaçada a ofertas de automóveis ou dinheiro, não esteja aprisionada a chinelos ou "palhaçadas".

Nesta Era de Cristina, sem retirar o imenso mérito à "personagem", parece que se inverteu o conceito de prime-time televisivo em Portugal.

Mais do que um Telejornal, mais do que um debate ou um programa de entrevistas, mais do que tudo isso...

O importante é entrar na Casa de Cristina.

Bem...

O que esta realidade dirá de Nós, enquanto País?

Uma boa questão para reflectir.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

04.03.19

 

Em Alcochete jogou-se mais uma Jornada da Liga Revelação...

O Sporting venceu mas, na minha opinião, não convenceu.

Ao observar o jogo, inquietações e preocupações me assolaram, vendo talento desalentado, qualidade desperdiçada em semblantes desolados, descrentes no seu "Futebol".

Olhar para Miguel Luís e Francisco Geraldes, corrói a alma, adensa a curiosidade  com este indescritível mistério.

Como podem estes Jogadores ter desaprendido de jogar?

Talvez da mesma forma como Bas Dost desaprendeu.

Alguns jogadores, necessitam de motivação, de estarem constantemente submersos num caldeirão de confiança, para dali retirarem o melhor do seu talento.

O problema é que esse trabalho tem de ser feito por um treinador, e isso é coisa que, para os lados de Alvalade, não existe.

Onde está o Miguel Luís Bicampeão Europeu?

Sim, Bicampeão Europeu...

Onde está o menino que entrou sem medo no Emirates ou brilhou com o Belenenses?

E Chico Geraldes, perdido, sem a magia que sempre o caracterizou, despido do tamanho talento que sempre sobressaiu de seus pés.

Não será Thierry Correia melhor do que Bruno Gaspar ou Ristoski?

Quem manda acha que não...

Mesmo Jovane, que não sendo um talento puro, sempre demonstrou a rara qualidade de ser daqueles jogadores que somam vindo do banco, mexem com qualquer jogo, a qualquer momento.

Mesmo o "traquinas"Jovane, não existe mais...

A boa "surpresa" foi a de Max, uma confirmação de um talento imenso, que continuando por este caminho, será desaproveitado.

Estivesse Max, só para falar neste jogador, no Benfica, treinado por Bruno Lage e estaria na luta pela titularidade, disputando a baliza com Odisseias...

Mas como está "neste" Sporting, tem de se contentar em ser o suplente, do suplente de Renan.

Uma vergonha.

Max tem tanto talento como Rui Patrício, com a sua idade, podendo o Sporting com esta forma de trabalhar, desperdiçar, mais uma vez, um enormíssimo jogador.

Mas o que se pode esperar, num clube que sistematicamente se boicota.

Ao olhar para Bruno Lage, recordo-me dos tempos de Paulo Bento, com aqueles meninos que tanto me orgulhavam, lutando pelo título, sem medos e sem dinheiro.

Moutinho, Veloso, Rui Patrício, Nani, Djaló, Custódio, Pereirinha, Daniel Carriço, são somente alguns nomes que bravamente vestiam a camisola Leonina, nesse período, mesclando o seu talento com veteranos pagos em saldo, sempre a quilómetros do investimento feito pelos rivais...

E mesmo assim conquistando Taças e Supertaças, lutando na Champions, indo até ao fim pelo título, por vezes, espoliado por mãos "nortenhas", outras vezes por arbitragens "algarvias".

Mas enfim...

Este é o Sporting que nos sobra, assassinando a formação que nos restou depois de Bruno, Virgílio e afins.

De facto, mais do que tudo, é no rosto de Miguel Luís, Chico Geraldes, Thierry Correia e Jovane Cabral que descobrimos algumas respostas para tamanhas questões...

É naquele olhar que se vê o desencantamento, o mesmo olhar que encontramos na bancada, observando Daniel Bragança, emprestado a um Farense que luta para não descer da Segunda Liga.

Que tristeza...

Que boa maneira de potenciar talento.

Mas continuam a existir adeptos que acham bem, aceitam o caminho e ajudam neste trucidar da "nossa" formação, dos "nossos" meninos...

E assim continua o Sporting, por entre, Treinadores nas bancadas, Tótós na direcção e incompetentes na equipe técnica, trilhando um caminho para o desastre.

Viva o Sporting

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

04.03.19

 

 

 

Rostos e mais rostos;

Nesse mar de gente,

Deambulando pela rua,

Multidão ausente,

Na solidão crua,

Tornada crescente,

A ausência tua,

Que em mim flutua...

 

Rostos e mais rostos;

Despidos de significado,

Pedaços de desgosto,

Num rosto desamparado...

 

Rostos e mais rostos;

Num entrelaçado silêncio,

Buscando arrepiados,

O que se escapou...

 

Rostos e mais rostos;

Nesse desenho rasurado,

Assinalando a despedida,

Meio ferida,

De um tempo.

 

 

 

 

03.03.19

 

 

 

O amor...

 

Sempre ele;

Nas entrelinhas da vida,

Entrelaçando destinos,

Magoando caminhos,

Tornando dor, 

O que outrora foi amor,

Pincelando de ardor,

O que um dia foi sabor,

Amarrando ao tempo,

Essa forma de sentimento,

Sem nexo,

Por vezes complexo,

Que se agiganta,

Suplanta...

 

Mas por fim;

Nesse final desenhado,

Fica somente a lembrança,

Dessa espécie de esperança,

Que desvaneceu...

 

E mesmo sabendo;

Voltava a correr,

Mesmo doendo,

Tornava a viver...

 

Tudo outra vez.

 

 

 

 

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