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Caneca de Letras

Caneca de Letras

Presidência do Brasil: Curriculum ou Cadastro?

Filipe Vaz Correia, 22.03.19

 

Michel Temer foi preso...

Já era coisa de se "temer".

Sinceramente nada me surpreende na política Brasileira, muito menos alegações de corrupção, políticos envolvidos em maracutaias, próprias de máfias organizadas e que há muito dominam os meandros do poder, naquele País.

Rumores de jogos de poder, tráfico de influência ou enriquecimento ilícito à força das balas, pululam pelas esquinas das ruas Brasileiras, num misto de insatisfação e revolta.

Por tudo isto, cada notícia que chega de uma detenção, não espanta a alma mais atenta, o observador mais curioso.

No entanto, convenhamos que prender um Antigo Presidente da República, não é coisa de somenos, mesmo para os dias que correm.

Depois de Lula, chegou a vez de Temer, num processo que ameaça tornar-se num "Status Quo" no pós Planalto.

Se estivesse no lugar de Jair Bolsonaro, tratava de mudar a Lei do cárcere Presidencial, legislando para que qualquer antigo Presidente pudesse cumprir a sua pena em Casa...

Obrigatoriamente em Casa.

Depois tratava de comprar uma Casa espaçosa, com piscina e campos de futebol, pois provavelmente será onde irá passar grande parte da sua aposentadoria.

Mas é só uma ideia.

Enfim, em qualquer dos casos, não me escandaliza, Lula e Temer provêem do mesmo terreno, sendo de Partidos ideologicamente diferentes, ambos "chafurdaram" no mesmo terreno político, na mesma corrupção que corroeu o panorama político Brasileiro.

Antes deles, já Collor de Mello havia experimentado a mesma sensação, um Ex-Presidente detido e caçado, por entre, os pecados de sua governação.

Só Fernando Henrique Cardoso escapa, por entre, a lamacenta e bacoca aliança entre corruptos e poder, dinheiro e favores.

Sendo assim fica a pergunta:

Presidência do Brasil...

Curriculum ou Cadastro?

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

Qual Foi O Pecado Do Adolfo?

Filipe Vaz Correia, 22.03.19

 

É com lástima que assisto aos desmedidos ataques desferidos contra o Adolfo Mesquita Nunes, por entre, a mediocridade bacoca e a ignorância habitual, própria deste Lusitano mundo político.

Da Esquerda à Direita não faltaram os moralistas da política, gente habituada a crescer e a sobreviver à custa dos Partidos, intra Partidos, levantando o dedo para criticar a atitude do, até há pouco tempo, Vice-Presidente do CDS.

Uns apontam o dedo pelo abandono da vida partidária, outros pelo que chamam de cedência ao grande Capital...

Enfim, na maioria dos casos, falamos de gente habituada a sobreviver nos meandros das Juventudes Partidárias, ratinhos de laboratório criados para serem Deputados, Secretários de Estado ou Ministros.

Este tipo de pessoas, nunca seriam convidados para a administração não executiva ou executiva de nenhuma grande empresa privada, por evidente ausência de intelecto e de mundo.

Adolfo Mesquita Nunes teve o cuidado, talvez por saber como é medíocre o planeta político Português, de apresentar a sua demissão dos cargos que ocupava no CDS, tentando evitar os demagogos de plantão, sempre preparados para este tipo de debate que afasta, vezes sem conta, os mais preparados.

A certeza que fica no meio de tamanho burburinho, é a de que com este tipo de mentalidade, só nos sobrarão na política os Duarte Marques, os Galambas ou os Hugo Soares da vida, sempre amarrados à política, ao seu Partido e ao bolso dos Portugueses...

Pois só isso lhes sobra, serem rostos repetidos, legislatura após legislatura, nas cadernetas do Parlamento, num bafiento jogo de cadeiras que me causa absoluta repulsa.

Adolfo Mesquita Nunes tem o mérito de ser diferente, de ter valor, de ter qualidade e por isso não limitar os seus horizontes aos lugares arranjados, nas artimanhas mesquinhas dos bastidores.

Muito bem...

 

 

Filipe Vaz Correia