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Caneca de Letras

13.02.19

 

 

 

Por amor...

 

Palmilho todas as terras;

Voo por entre os céus,

Percorro rios e serras,

Sem medos ou véus...

 

Soletro bem baixinho;

Escrevinhando sem parar,

Segredando devagarinho,

Cada pedaço deste amar...

 

Cada parte de lágrima seca;

Tornada em flor,

Cada pétala imperfeita,

Desse entrelaçado amor...

 

Entrelaçando na esperança;

Esse querer, desatino,

Na secreta lembrança,

Nosso infinito destino...

 

Por amor...

Simplesmente Amor.

 

 

 

 

12.02.19

 

Esta Caneca de Sabores é especial...

É dia de Feijoada.

Nada é mais poético, no mundo do repasto, do que uma bela Feijoada, esse entrelaçado de ingredientes, misturados com amor, libertando em cada pedaço de odor, o leve sabor, de tamanha aventura.

Vinicius de Moraes escreveu...

Feijoada à minha moda, uma das minhas preferidas poesias.

Nada mais apropriado e que recomendo vivamente.

 

IMG_20190203_202824.jpg

 

Ingredientes:

 

. Folha de Louro

. Malagueta

. Polpa de Tomate

. Orégãos

. Lombinhos de Porco em Tiras finas

. 1 Chouriço

. 4 Linguiças pequenas

. Pimentos

. Coentros

. 1 Farinheira

. 100 Gr. de Bacon às tiras

. 1 Cálice de Vinho do Porto

. Azeite

. 4 Latas de Feijão Encarnado

. Sal

 

Colocar o Azeite com uma folha de Louro e Sal ao lume, esperar um pouco e misturar as carnes, as tiras de Lombinho de Porco, o Bacon, o Chouriço, a Farinheira, a Linguiça, tudo fatiado.

Após colocar estes ingredientes, mexer tudo e aguardar um pouco para fritar.

Misturar as ervas, Orégãos e Coentros, acrescentar a Pimenta e os Pimentos.

Aguardar mais um pouco.

Misturar o Vinho do Porto e a Polpa de Tomate com os restantes alimentos.

Deixar envolver até ganhar uma calda com o suco das carnes e do Vinho do Porto.

Preparar e acrescentar o Feijão.

Misturar água a gosto, assim como, mais Coentros.

Mexer e aguardar, tapando o tacho.

Deixar ao lume até ferver.

Por fim, acrescentar a Malagueta, corrigir os sabores, até estar ao gosto do "cozinheiro".

Acompanhar com Arroz Basmati.

Servir e apreciar...

De preferência na companhia de quem mais gostamos, pois é assim que melhor se apreciam os bons momentos da vida.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

12.02.19

 

Perco-me no olhar, no mesmo olhar, de cada vez, de uma vez, como se fosse primeira, mesmo não o sendo, sempre inteira, despida de contradições, de dúvidas, de hesitações.

Perco-me sempre, por entre, o suspenso olhar que traduz palavras, secretamente adivinhando o fundo da alma...

Pois é a tua alma funda, esse pedaço de recanto que mais ninguém vislumbra, que consigo descodificar, abraçar.

Nesse instante, pequeno ou gigante, indiferente ao tempo, nada muda, nada permanece, simplesmente silenciando qualquer ruído, qualquer intervalo.

Nesse olhar que é amor, aquele amor que se impõe na terna saudade de te voltar a ter...

Pois tendo, se receia perder, perdendo, se receia a eternidade e que não se reencontre o tempo, que se tornou passado, ousando se tornar irrepetível.

E é nesses momentos que o singelo olhar, sem mágoas e carregado de esperança, enternece, cumprindo o seu destino...

Quebrando barreiras, indo buscar aquele bater da alma que poucos sonham existir.

Nada mais do que esse olhar, nada mais do que esse doce olhar,  tão frágil como uma folha caída na calçada, mas, ao mesmo tempo, tão forte como a beleza dessa imagem, repousada na intemporalidade de um poema.

É assim para sempre, secretamente, que se imortaliza o sonho, o desejo, os ternos ensejos de um gigantesco querer...

De uma História de Amor.

Como te quero pela intemporalidade de tantos e tantos destinos, cumpridos num só olhar...

Num só, eterno, olhar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

11.02.19

 

Isto há coisas...

Então não pode uma pessoa comemorar os seus anos com os "compinchas" de condomínio, para que lhes caia tudo em cima.

Tudo bem que estão presos, numa prisão lá para o norte, mas também são gente.

Claro que a musica estava alta, que os açucares abundavam nos bolinhos e sangria, que o pó não estava limpo...

Mas o que se pode esperar de uma festa de anos de um "suposto" traficante?

Que não houvesse pó?

Estão a ser muito duros com os "pobres" dos presos.

O Sindicato dos Guarda Prisionais veio salientar que escasseia pessoal nas Prisões Portuguesas e que nesse dia estavam apenas 4 Guardas destacados para aquele espaço...

Afirmação já desmentida, por uma qualquer Instituição Governamental.

Não eram quatro...

Eram cinco.

Graças a Deus!

Eu estou do lado dos presos, por entre, as suas divertidas "kizombadas" e "Lambadas" que devem ter animado aquelas aprisionadas almas.

Mas devo admitir...

O que me chocou foi o filme divulgado no Facebook, ou seja, 40 minutos com uma fraca qualidade de imagem, muito aquém da qualidade exigida para uma festa com tamanha relevância mediática. 

Mas enfim, não se pode ter tudo...

Haja "Party"!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

10.02.19

 

A doce inspiração que me foge no breu da noite, por entre, as estrelas, as nuvens, a imensidão.

Num silêncio destemido, quase usurpador, se vão escrevendo sem versos, as entrelaçadas mágoas de um texto...

Um texto meio desarranjado, repartido em sentidos sofrimentos, em pequenos compartimentos, de carregados tormentos, contados ao vento que não pára de soprar.

Mas o ardor não tem velas e por mais que o vento sopre, mais ele fica, se entranha, mais se faz valer essa espécie de destempero que amargura.

Sabe lá o tempo, as angústias que no destino se cumprem, pinceladas de cor, esbatidas em cada tela de uma vida.

Caminhando nessa viagem, sob a imensidão do céu...

Busco a inspiração para a tamanha contradição, por entre, as estrelas, as nuvens, a imensidão...

E a lua, secretamente despida, alumiando as feridas que somente ao luar sobressaem.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

09.02.19

 

 

 

Já não sei sentir;

Nem desejo escrever,

Não conseguindo medir,

Este estranho sofrer,

Num querer a fugir,

Desesperado perder,

Que insiste em surgir,

Neste leve bater,

Da alma...

 

Porque é maior do que a ferida;

Esse pedaço de ardor,

Que arde de maneira desmedida,

Desmedidamente amor...

 

Mas já não sei...

Se um dia soube.

 

 

 

 

 

 

08.02.19

 

Nasceu o "pequeno" Gael.

Do outro lado do Atlântico, bate um coração Lusitano, num amor desmedido dos seus...

Naquele sorriso gigantesco de seus Pais, no aconchego intemporal do olhar de sua Avó, no querer desmedido do seu Tio Manel.

Um bem querer de todos os que, ali não estando, lhe querem tanto bem.

O pulsar de uma nova vida, num destino que começa a se desenhar, traçando nesse dia 6 de Fevereiro, pedaços de uma esperança sem tamanho.

Cada instante guardado em preciosos retratos, servirão de caminho às palavras, as mesmas que lhe permitirão, um dia, contar a sua história.

Nasceu o "pequeno" Gael, rodeado desse nobre amor, carregando com ele todas as vidas, de tantos que sendo seus, já partiram.

E como "Deus" deve estar feliz, a seu lado, eternamente.

Neste mundo tão gigante, o "nosso" Gael encurta distâncias, diminui oceanos, resgata através de tanto carinho, vontades e saudades, abraços e afagos de uma alegria sem fim.

Nunca o Chile e Portugal foram tão próximos, tão unidos, tão belos...

Tudo isso reflectido no bater de um coraçãozinho, acabado de nascer.

O "nosso" Gael...

Lusitano na alma, Leão no querer.

Citando Caetano:

"Gosto muito de você, Leãozinho."

Um beijo com carinho...

 

Tio Pipo

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

07.02.19

 

 

 

É para mim uma grande honra estar aqui neste cantinho que eu tanto gosto!

Não estava nada à espera do convite do meu querido Filipe, mas aceitei e aqui estou.

Desde que o Filipe me lançou o convite que tenho andado às voltas, na tentativa de arranjar um tema para escrever aqui, mas acabei por desistir e vou falar-vos deste mundo, da blogosfera onde já tinha andado (numa outra vida) e onde voltei.

Quando criei o meu blogue, numa tarde de Setembro de 2018, foi apenas para mim mesma, talvez uma maneira de exorcizar alguns fantasmas que pairavam na minha existência, ou talvez pela necessidade que tenho escrever, nem que seja bom dia.

Desde o primeiro dia que comecei a ter seguidores, apenas com um post publicado já tinha 2 seguidores que me acompanham até hoje.

Nunca pensei que viesse a dar os seguidores que tenho e que algumas pessoas que por aqui andam se tornassem importantes para mim, amigos, ainda que virtuais, mas amigos.

Habituei-me a fazer as minhas visitas diárias a alguns cantinhos (não vou dizer nomes, porque sabem quem são) e a deixar os meus comentários, assim como também já sinto falta dos que diariamente vão a minha "casa" e me deixam o seu carinho e as suas palavras.

Gosto dessa interacção, acho que só assim faz sentido porque no fundo, a partir do momento em que fazemos uma publicação deixamos de escrever para nós próprios e passamos a escrever para os outros.

Eu escrevo para mim...

E para quem gosta de me ler!

 

That's It

 

 

06.02.19

 

 

As receitas são como os textos, vão ganhando vida por si mesmas, nascidas de um esboço, um pensamento, voando através de cores e sabores sem fim...

Por isso resolvi, mais uma vez, inventar, seguir instintivamente o que me ditava a imaginação.

Assim nasceu esta Costeleta de Novilho braseada.

 

IMG_20190130_211852.jpg

 

Ingredientes:

 

. Costeleta de Novilho, aprox. 300gr

. Batatinhas para assar

. 1 Limão

. Coentros

. Pimenta.

. Vinho Branco

. Alecrim

. Uma malagueta pequena

. Azeite

. Mel

. Folha de Louro

 

Temperar, algumas horas antes de cozinhar, a costeleta de novilho, com sal, folha de louro, coentros, alecrim, um pedaço de pimenta moída na hora, raspas de limão, vinho branco, alho e azeite...

Picar uma malagueta pequena por cima da peça de carne e reservar a mesma, a marinar, no frigorífico.

Enquanto a Costeleta absorve os sabores, cortar as batatinhas em metades e num tacho com água a ferver, deixar cozer um pouco, o suficiente para amolecerem.

A seguir, dispor as batatas num tabuleiro e temperar com orégãos, alho e sal.

Regar tudo com azeite e deixar a assar no forno, durante meia hora, a 200 graus.

Após deixar a marinar por algumas horas, retirar a costeleta do frigorífico.

Num grelhador bem quente, brasear a carne durante um ou dois minutos.

Depois deste processo, acrescentar mel sobre a carne e juntar a mesma com as batatinhas no forno.
Deixar tudo uns 15 minutos no forno, a 150 graus.

Depois...

É desfrutar e dar asas à imaginação.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

  

 

 

 

 

 

 

05.02.19

 

Por vezes, principalmente neste mundo actual, parece que tudo foi visto e ouvido, que os terrores já foram todos contados na antena da CMTV ou denunciados na, alucinante, Internet.

Histórias escabrosas, causadoras de espanto e medo, num vendaval de pesadelos transformados em realidade.

Quantas e quantas vezes pensamos...

Já nada me espanta?

Mais um tiroteio nos Estados Unidos, um atentado em Cabul, um massacre na Síria ou uma violação em Bombaim.

Calma...

Eu sei que, actualmente, se chama Mumbai.

No entanto, nada nos prepara para este tipo de notícias que marcam os "directos" em Portugal...

Este duplo homicídio, seguido de suicídio.

Devo dizer que sempre que oiço falar de suicídio, algo me faz sofrer por aquelas pessoas, sentir esse respeito por alguém que, numa qualquer circunstância da vida, optou por partir.

Mas aqui, não quero...

Não consigo.

Questiono até por que razão, este Monstro, não optou por fazer tudo ao contrário...

Primeiro o suicídio, depois a vida tranquila daqueles que resolveu assassinar.

E esta filha que também foi Mãe, é Mãe...

Como sobreviver diante da tamanha crueldade do destino, entregue à incompetência daqueles que, ao longo do tempo, não atenderam às suas queixas e permitiram que um homem violento, tivesse tempo, espaço e vontade para perpetrar o seu hediondo crime.

Não tenho palavras...

No primeiro mês de 2019, quase Dez Mulheres foram assassinadas por violência doméstica.

E continua a vida a girar e nada a ser feito ou alterado.

Não tenho palavras, ou melhor, as que tenho não querem mais aqui voar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

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