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Caneca de Letras

27.02.19

 

Nenhum prato me faz recordar tanto de minha Mãe, como as suas maravilhosas Favas...

De certa forma, durante muito tempo, não gostava deste prato, para grande infelicidade de minha Mãe, que como boa Alentejana se orgulhava muito das suas Favas com Chouriço e Toucinho frito.

Parece que ainda consigo sentir o cheiro das Favas esvoaçando pela cozinha da nossa casa de Lisboa ou mesmo daqueles corredores no nosso Monte em Santa Luzia...

Parece que foi ontem.

Depois de sua morte, dediquei-me a pôr em prática as belas Favas à Alentejana, num estilo mais light, mas tentando resgatar o "velho" sabor.

 

IMG-20190221-WA0003.jpg

 

Ingredientes:

 

. 1Kg de Favas

. Chouriço

. Linguiça

. Toucinho Entremeado

. Malagueta

. Coentros

. Orégãos

. Azeite

. Vinho Branco

. Sal

. Folha de Louro

. Alho

 

Num tacho com água a ferver, colocar as Favas e deixar cozer um pouco, depois reservar essa água.

Numa frigideira aquecer o Azeite, para fritar o Toucinho entremeado à parte.

No tacho colocar uma Folha de louro com Azeite e Alho, acrescentar Sal e Orégãos, sem esquecer dos Coentros picados...

Após uns minutos, misturar o Chouriço e a Linguiça fatiada, deixando que os ingredientes se envolvam.

Misturar as favas, assim como, o Toucinho Frito e acrescentar o Vinho branco, envolvendo tudo com mais um pouco de Coentros...

Mexer bem e colocar a água reservada da cozedura das favas, criando assim um molho que envolva todos os sabores.

Tapar e deixar cozinhar.

Corrigir sabores e aguardar até que as Favas tenham uma consistência de acordo com o pretendido.

Por fim, acrescentar o resto dos Coentros, a Malagueta e Orégãos, para que sobressaia o seu sabor.

Experimentem mais uma receita da Caneca de Sabores, numa viagem pela Memória Alentejana de Minha Mãe.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

27.02.19

 

Um ano é muito tempo, mesmo que por vezes pareça pouco, quase ontem...

Ontem quando nos recordamos das histórias, dessas recordações que trazem o Tio até nós, cada um de nós, desses momentos que sendo eternos, enriqueceram e enriquecem, cada um daqueles que o guardam junto ao coração.

O mesmo tempo que se agiganta quando olhando para esta data, se apercebe a imberbe alma que o tempo não pára, como dizia Cazuza, na letra intemporal da canção.

E a saudade, essa que acalenta em tantas conversas, a mesma que entristece um pedaço, sempre que se materializa esse fim, carregado de tristeza, da inevitável despedida.

Meu querido Tio Jaime...

Tantos dias tem um ano, mas poucos poderão descrever o quão marcante foi para mim, num conjunto de memórias que guardarei para sempre, com o carinho que lhe tenho.

E de que é feito o afecto, senão dessa mágica palavra que nos molda e constrói...

Memória.

Um ano depois...

Fica a saudade e a eterna gratidão, por tudo e por tanto.

Com carinho, do seu sobrinho...

Pipo

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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