28.02.19
Hoje a Bimby já cozinha por nós, nos EUA os carros já conduzem sozinhos, a Amazon já tem lojas sem funcionários em Seattle, nos telemóveis conseguimos fazer tudo e mais alguma coisa (pagamentos, compras, consultas de tudo e mais alguma coisa) e o RPA (Robitic Process Automation) é a nova galinha dos ovos de ouro das empresas (já se vêem no Linkedin anúncios específicos para esse software aqui em Portugal).
A robotização que hoje em dia está presente na maior parte das nossas tarefas, é a continuação do desafio com que há muitos anos nos vemos confrontados. Diria que desde a Revolução Industrial, com o apogeu na popularização do computador, que a velocidade da tecnologia é um desafio para o Homem.
Esta está a avançar muito rápido e é inevitável perguntar:
Estamos preparados para isso?
Acho que a resposta é temos de nos adaptar.
O tempo que perderíamos na cozinha atrás de um fogão permite-nos fazer outras coisas e a probabilidade de torrar ou ficar insosso sai mitigada. Conseguimos ter melhor qualidade de vida. Mas tem o reverso da medalha:
Ficamos dependentes da máquina.
Se não soubermos cozinhar, passamos fome.
Este exercício pode ser extrapolado para o resto:
O trabalho manual é substituído, ganha-se tempo, eficiência (fazer mais com menos recursos - tempo, dinheiro), mas ficamos muito dependentes da máquina. Se ela falha, a vida não evolui e é preciso saber progamá-la. Além disso, as pessoas que fazem esse trabalho, ao serem substituídas vão fazer o quê?
Por outro lado, surgem novas oportunidades. Hoje em dia, chovem anúncios para programadores de informática e o trabalhador comum começa a constatar que mais do que não existir emprego para a vida, pode não existir profissão para a vida.
E este é um caminho sem retrocesso.