Equinócio D'Amor...
Por entre os espaços silenciosos da consciência, se escondem vontades e saudades desse ninguém que um dia fui...
Esse ninguém por construir, sem passado, folha em branco carregada de ambição, esperança e determinação.
Num sono pueril, aquela puerilidade imensa que se entrelaça em nós, onde tudo é possível, faz sentido, em contraponto, com esse destino que nos arrasa, nos derruba, nos desconstrói...
Nesse sono, tão terno, sobram lágrimas inexplicáveis, amores abrasadores, palavras e gestos perpétuos no querer da alma.
E é nesse misto de coragem cobarde que se encontra a doce amargura.
Sim...
Porque, por vezes, pode ser doce a amargura, embevecida tristeza desses inesquecíveis momentos tão secretos.
Não me arrependo de um segundo;
Nem por um segundo me arrependo,
Pois não existe arrependimento,
Num tão gigante sentimento,
Que arrebata completamente,
Completando secretamente,
O que incompleto parecia estar.
Por isso amo;
Incondicionalmente te amo.
E se voltasse atrás, se conseguisse regressar no tempo e viajar impunemente, serias tu a minha eterna escolha, o meu desmedido destino, sem remorsos ou desilusões...
Pois um amor como este, por vezes se confunde, por outras até se perde mas vale sempre a pena.
Valerá sempre a pena...
Meu amor.
Filipe Vaz Correia