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Caneca de Letras

Caneca de Letras

Os Pombos E A Infinita Estupidez...

Filipe Vaz Correia, 25.09.18

 

Se existe coisa que me irrita, verdadeiramente, são as pessoas que alimentam pombos à mesa de um café...

Tenho vontade de gritar para essas pessoas:

Porcalhões!

Os pombos são provavelmente um dos maiores transmissores de doenças, são assim como todos os animais, criaturas de hábitos e esta atitude permite que estes possam perder o receio e acostumarem-se a estar em cima das mesas na procura de algum alimento.

Para piorar...

Imagine-se o pobre cliente que se sentará ali, depois da "anta" que alimentou os pombos ter saído...

As mãos naquela mesa, depois no rosto ou na roupa, transportando consigo todo o tipo de bactérias inerentes a estes animais.

Querem alimentar pombinhos?

Façam-no, de preferência, à janela de suas casas ou então num parque público...

Não à mesa de um café!

Fico furioso com estes gestos e falta de educação, esta falta de higiene e civismo...

Mas enfim, a estupidez Humana não tem limites.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

Linhas, Traços, Desenhos E Rabiscos...

Filipe Vaz Correia, 25.09.18

 

Escrever uma carta nem sempre é fácil, ficando pelas entrelinhas, tantas vezes, letras perdidas, palavras meio feridas e moribundas ideias que permanecerão soltas por entre o papel.

A cada linha se encontram virgulas e "entretantos", desconexas vontades...

Em cada parágrafo uma mudança de linha que nem sempre representa uma mudança de texto, de sentir, de querença.

Por entre a tinta que acarinha cada palavra se entrelaçam gritos e silêncios, memórias e saudades, jamais desnudadas por completo.

A complexidade de escrever uma carta, quando ela se pinta da mesma cor da alma ou segreda o que habita no coração, será esse desvendar do Ser, esse despir da tímida alma.

Num abraço em forma de desenho ou num carregado adeus desenhadamente derradeiro, se perde a temporalidade que se transformará nessa intemporal inevitabilidade...

Da intemporalidade do que escrito está.

É assim mais difícil, por vezes, escrever do que gritar...

Falar com esse espelho de nós mesmos que se reflecte a cada instante quando revês o que se foi libertando de ti, ganhando forma, cor, intensidade.

E como por vezes é belo?

Outras dolorosamente belo?

Outras ainda...

Apenas vazio.

E assim neste desabafo em forma de carta se revê a tímida desesperança, carregada da imensa esperança que se prende a quem escreve...

Numa carta repleta de linhas, traços, desenhos e rabiscos, salpicados com uma pitada de poesia.

 

 

Filipe Vaz Correia