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Caneca de Letras

14.08.18

 

Desde que me conheço sempre tive uma embirração com São Martinho do Porto, fosse pelo tempo incerto, pelo mar parado ou até por qualquer outra razão...

Passaram os anos e poucas foram as vezes que fui até lá, quase sempre à noite para uma noitada na rua dos cafés, antes de ir para o Greenhill ou para o Sítio da Várzea.

De algum tempo a esta parte a queridíssima Tia Isabel, insistiu em me levar a conhecer aquele São Martinho que existia através do seu olhar, que saltava das suas memórias e parecia eternamente seduzir num quadro encantador.

Este ano a convite da Tia, passei alguns dias em São Martinho, muitíssimo bem acompanhado pela minha Mulher, os imensamente amigos/irmão Manel, Inês e as minhas Sobrinhas Matilde e Rosarinho...

Claro está, nunca esquecendo, a Tia Isabel.

Os dias no Hotel Palace do Capitão foram surpreendentes, deslumbrantemente arrebatadores...

A simpatia dos empregados entrelaçada com aquela sensação de ter a Baía aos nossos pés.

Não tenho palavras para classificar o quão apegado me senti por aquela espécie de rotina que parece existir naquela terra, naquelas gentes, naquele belíssimo local...

De manhã o tempo, de tarde aproveitar o sol por entre a calmaria das gélidas águas e à noite os belos jantares, amarrados às melhores conversas, num sorriso intemporal que se estende de uma ponta à outra daquela mágica baía.

Senti-me em casa e isso não poderá ser dissociado daqueles maravilhosos manjares que preencheram os meus dias, não podendo deixar de, mais uma vez, aqui referir a minha queridíssima Tia Isabel, pela maneira como nos acolheu, se preocupou e acima de tudo nos deu esse carinho próprio de quem sabe receber.

Assim estendo este meu texto a todos esses dias que ali tive o gosto de passar, não querendo terminar sem o escrever:

Tia...

Tornei-me um São Martinheiro.

Obrigadíssimo por tudo.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

13.08.18

 

 

 

Se cada folha caída no chão;

Contasse a sua história,

Sobraria a desilusão,

De tão extensa memória...

 

Extensa mas finita;

Triste e risonha,

Contradição maldita,

Maldita e tristonha...

 

Pois o fim lá estará;

Aguardando sorrateiramente,

Esse arrancar da vida,

Que chegará tristemente...

 

E depois cada palavra;

Cada singela pontuação,

Dará lugar ao silêncio,

De um tempo desconhecido.

 

 

12.08.18

 

 

 

No vazio das palavras;

Se descreve tantas vezes,

O valor desse querer,

Que sendo indescritível,

Se intensifica,

Sempre que em tua presença estou...

 

Porque não se engana o olhar;

Não se entorpece o sentir,

Não se mata o desejar,

Nem o seu infinito rugir...

 

No vazio das palavras;

Se esconde infinitamente,

A infinitude,

De um grande amor.

 

 

 

 

 

11.08.18

 

 

 

E se for amor?

Bate forte a alma,

Desmedidamente o coração,

Nessa espécie de ardor,

Descompassada emoção,

Que se revela num torpor,

Entorpecente ilusão...

 

E se for amor?

Daquele que silencia;

Dá voz ao olhar,

Discretamente irradia,

O reflexo de um luar...

 

De um luar tão brilhante;

Num segundo hesitante,

Num sentir arrepiante,

Arrepiando a sufocante,

Vontade de te ter...

 

E assim se entrelaça;

Num instante,

A insistente questão...

 

E se for amor?

 

Então que o seja;

Plenamente...

 

Plenamente eterno;

Eternamente vivido,

Por nós.

 

 

10.08.18

 

 

 

Amo-te...

 

Amo-te;

Sem receio de ferir,

O que timidamente a alma,

Tanto receia...

 

Porque é nesta palavra;

Que reside a esperança,

A infinita vontade,

De ser feliz...

 

E se por alguma razão;

Falhar a querença em tamanho amor,

Sobrará a certeza,

De que se manterá no olhar,

O meu...

 

Esse desmedido querer,

Por ti.

 

 

 

 

09.08.18

 

 

 

Dias e dias a arder;

Numa angustia insistente,

Presa ao olhar das gentes,

Abandonadas e impotentes...

 

Em cada chama um vazio;

Um pedaço de nada que fica,

Dor e desvario;

Ardor que se intensifica...

 

Dias e dias a arder;

Nessa Monchique Algarvia,

Essa serra a sofrer,

Sofredora agonia...

 

E por entre tantas palavras;

Tantas esperançosas politiquices,

Mais um ano de vergonha,

De fogos e vigarices.

 

Dias e dias a arder...

A arder.

 

 

 

 

08.08.18

 

Minha querida Tia Fernanda...

Escrevo este texto como forma de despedida, como forma de gratidão por todos os momentos que consigo tive o privilégio de passar, sempre carregados de carinho, afecto e boa disposição.

Sempre que me recordar da Tia, será o seu sorriso que em primeiro lugar me virá à mente, depois o seu encantamento pelas minhas sonoras gargalhadas, e por tantas coisas mais...

Pelos milhares de almoços em sua casa, uma e meia em ponto, pelas noitadas que nos deixava fazer, reunidos na sala de jantar ou pelas escapadelas sorrateiras pelas tantas da manhã, num ataque voraz à cozinha, sempre ideia do seu queridíssimo neto, Jaime Duarte.

Por tantos e tantos momentos que me marcarão e ficarão guardados no meu coração.

Pela sua presença, aquando da morte de minha Mãe...

Por tanto e tantas vezes.

Essencialmente por sempre me fazer sentir querido, como mais de um vós.

Neste dia em que sobra a tristeza, deixar-lhe apenas mais um beijinho, carregado de uma eterna gratidão pela maneira como em cada gesto seu, sempre em mim ficou um sentido de nobreza e carácter...

Que perdurará através dos seus netos Jaime e João Nuno.

Um beijinho Tia Fernanda.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

04.08.18

 

Suspenderam Bruno de Carvalho...

Que tristeza!!!!

Bruno, no entanto, não reconhece esta suspensão, não reconhece esta comissão fiscalizadora, não reconhece a comissão de gestão, a Presidência da SAD de Sousa Cintra, não reconhece José Peseiro, não reconhece...

Ameaça não reconhecer a Assembleia destitutiva, depois de a ter reconhecido, assim como os resultados da mesma.

Bruno não reconhece nada, nem mesmo aqueles que com ele estiveram até ao fim...

Já não reconhece esse tipo de gente que atrasou o seu projecto, que o impediu de ir até ao Clímax da gestão.

Será que Bruno se reconhece a ele próprio?

Um caso, na minha opinião, de completa loucura.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

03.08.18

 

Rui Rio esteve no Chão da Lagoa, mítica festa de verão do PPD/PSD, onde disparou esta frase:

" Até aqui não estava preparado para ser Primeiro-Ministro, pois ainda não tinha vindo ao Chão da Lagoa, agora sinto-me mais do que preparado, pois já aqui estive."

Mais ou menos estas as palavras, certamente esta a ideia...

Sempre gostei de Rio, apoiei a sua eleição para Presidente do PPD/PSD, por achar que seria o perfil indicado, apesar de saber das dificuldades que poderia encontrar, num Partido controlado em grande medida, pelos apoiantes de Pedro Passos Coelho e seus "boys".

No entanto, tem sido pouco...

Muito pouco o que temos visto de Rui Rio.

E assim, aliando frases como esta ao seu percurso enquanto líder, irá tornar-se impossível a afirmação da sua liderança, quanto mais com a quantidade de "Montenegros" à espreita.

Perdão...

De adversários sedentos de um passado que passou, mas que estes desejam retomar os "Passos".

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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