Desde que me conheço sempre tive uma embirração com São Martinho do Porto, fosse pelo tempo incerto, pelo mar parado ou até por qualquer outra razão...
Passaram os anos e poucas foram as vezes que fui até lá, quase sempre à noite para uma noitada na rua dos cafés, antes de ir para o Greenhill ou para o Sítio da Várzea.
De algum tempo a esta parte a queridíssima Tia Isabel, insistiu em me levar a conhecer aquele São Martinho que existia através do seu olhar, que saltava das suas memórias e parecia eternamente seduzir num quadro encantador.
Este ano a convite da Tia, passei alguns dias em São Martinho, muitíssimo bem acompanhado pela minha Mulher, os imensamente amigos/irmão Manel, Inês e as minhas Sobrinhas Matilde e Rosarinho...
Claro está, nunca esquecendo, a Tia Isabel.
Os dias no Hotel Palace do Capitão foram surpreendentes, deslumbrantemente arrebatadores...
A simpatia dos empregados entrelaçada com aquela sensação de ter a Baía aos nossos pés.
Não tenho palavras para classificar o quão apegado me senti por aquela espécie de rotina que parece existir naquela terra, naquelas gentes, naquele belíssimo local...
De manhã o tempo, de tarde aproveitar o sol por entre a calmaria das gélidas águas e à noite os belos jantares, amarrados às melhores conversas, num sorriso intemporal que se estende de uma ponta à outra daquela mágica baía.
Senti-me em casa e isso não poderá ser dissociado daqueles maravilhosos manjares que preencheram os meus dias, não podendo deixar de, mais uma vez, aqui referir a minha queridíssima Tia Isabel, pela maneira como nos acolheu, se preocupou e acima de tudo nos deu esse carinho próprio de quem sabe receber.
Assim estendo este meu texto a todos esses dias que ali tive o gosto de passar, não querendo terminar sem o escrever:
Tia...
Tornei-me um São Martinheiro.
Obrigadíssimo por tudo.
Filipe Vaz Correia