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Caneca de Letras

Caneca de Letras

Voltei a ter 14 Anos...

Filipe Vaz Correia, 29.06.18

 

Tenho novamente 14 anos...

Novamente feliz, esperançoso, crente em ti, por ti, sempre por ti.

Tinha saudades de assistir a uma conferência de imprensa do Sporting e sentir estas "coisas", há muito, afastadas do "meu" clube.

José de Sousa Cintra, o Presidente da minha adolescência, que me fez sonhar vezes sem conta, crer desmesuradamente a cada inicio de época, sentindo essa esperança tão nossa.

Cintra volta a prestar um serviço inigualável ao "seu" querido Sporting, de maneira despretensiosa, apenas com esse amor que todos lhe reconhecemos...

Nem todos, mas esses serão "Judas" sem qualquer relevância.

Cintra fará tudo para resgatar os jogadores que rescindiram, assim como num Mercedes branco, percorreu a antiga Jugoslávia, para tentar contratar Darko Pancev...

Como invadiu uma reunião do Zamalek para contratar Amunike ou em pleno Campeonato do Mundo dos Estados Unidos adquiriu Naybet.

Cintra dará tudo por nós, fará tudo para que possamos vencer.

E nas suas palavras, nessa crença de que seremos campeões, volta a sorrir o simples adepto Leonino, mesmo que nos chamem malucos, como o próprio Cintra referiu...

Mesmo assim, sabe bem voltar a ter alguém do bem, ao leme dos destinos do "nosso" Sporting.

Sabe mesmo bem.

Viva o Sporting

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

Marcelo: Uma Lição Na Sala Oval!

Filipe Vaz Correia, 28.06.18

 

Tive um imenso gosto, ao ver o "meu" Presidente da República neste encontro com Donald Trump...

Por todos os motivos e mais alguns, sejam eles de postura, de discurso, enfim de tudo um pouco.

Marcelo esteve na sala oval como está na vida, um Senhor, com a mesma capacidade argumentativa que desarma, o mesmo olhar penetrante que cativa, com a mesma inteligência que conquista, num absoluto contraste com Donad Trump.

A lição Histórica sobre a longa relação de Portugal com os Estados Unidos, levou o actual Presidente Americano aos bancos da escola, num dialogo gentil mas afirmativo, simpático mas clarificador, para que se entenda o legado e a importância deste País, chamado Portugal.

No entanto, a lição mais importante, foi dada no momento em que Marcelo lhe explicou de forma tranquila, que Portugal não é os Estados Unidos e por essa mesma razão, não basta, por aqui, ser famoso para se vencer eleições...

Para poder ser o "nosso" Presidente da República.

Temos quase 900 anos de História, de uma História gloriosa e grandiosa, com momentos difíceis e devastadores, entrelaçados a esta inquestionável Alma Lusitana...

As suas palavras, de Marcelo, representaram a poética coragem de Viriato, a destreza de Vasco da Gama, a brava pena de Camões, a Voz de Amália, o talento de Vieira da Silva, a inquietude de Pessoa, a visão de D. João II, os pés de Cristiano Ronaldo.

As palavras de Marcelo foram uma lição para a recorrente arrogância de um Americano trauliteiro, sobrando-me as dúvidas que o mesmo a tenha compreendido...

Mas compreendemos todos nós.

Obrigado Prof. Marcelo.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

Se Um Dia Te Esqueceres...

Filipe Vaz Correia, 27.06.18

 

Não escondo as palavras, dentro de mim...

Elas ecoam sonoramente, cintilando na minha alma como recordação constante desse bater que um dia se tornou descoberta.

Foi assim como um dia de sol irrompendo a noite, o anoitecer deslumbrante de um fascinante verão.

Sem ruídos, silenciosamente, como quer esse sentimento imenso, essa forma de querer sem dizer, dizendo sem poder, calando o que não se sabe gritar.

Escrevinho tremulamente, temendo que possa sair de cada uma destas linhas, cada letra, cada palavra...

Mas não se perde o que se sente, não se desvanece o que faz parte do ser, não se extingue a chama intemporal do que verdadeiramente importa.

São esses pedaços de nada que valem tudo, essas pequenas coisas que se tornam relevantes, esses gestos que apenas "nós" entendemos...

No fundo do coração, perdido por entre medos, receios que amarram, passa o tempo devagar, lentamente desesperando o intenso sentir...

Sentindo o sentir sentido que atravessa alma.

Tudo isto para dizer que te amo, que amarei eternamente sem esquecer cada momento guardado em mim...

E se um dia te esqueceres ou nos desencontrar a eternidade, deixarei voar esta folha, solta através do vento, fugindo por entre o tempo, para que possa perdurar em cada estrela presa ao céu, estas palavras minhas...

Meu amor!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

O Cotovelo... Do Professor Queiroz!

Filipe Vaz Correia, 26.06.18

 

Carlos Queiroz portou-se neste jogo contra Portugal, na Rússia, como no divã do seu psicanalista, expiando em gestos e por palavras, todas as frustrações e fantasmas que dentro de si devem habitar.

O seu comportamento no banco de suplentes, raiando em alguns momentos o estilo rufia, provocando e gesticulando alucinadamente, revelou o quão importante era este jogo, para o Senhor professor...

Este jogo contra a Nação Lusitana e principalmente contra Cristiano Ronaldo.

O ressabianço, palavra que me parece encaixar no perfil do dito Senhor, fica claro na conferência de imprensa após o jogo, onde se deleitou caracterizando as tremendas injustiças sofridas pelo "seu" Irão...

Cristiano deveria ter visto vermelho, disse uma vez, duas vezes, três vezes...

Infinitas vezes.

O cotovelo de Ronaldo, o cotovelo de Cristiano, o cotovelo...

Os pénaltis que ficaram por marcar contra Portugal e o que dirão dele neste nosso País.

Tantas e tantas frases, todas elas impregnadas de raiva e ódio, de alguém que sente não ter sido feita justiça ao seu mérito e passado.

Infelizmente para Carlos Queiroz, a sua comunicação sempre atraiçoou os seus desejos, o seu trajecto ficou sempre aquém dos sonhos que almejava.

No entanto, nem Ronaldo, nem o País têm culpa disso, por muito que isto possa custar ao treinador do Irão.

E no meio de tamanha agitação, de palavras amarguradas, de provocações, como aquela de ir falar com João Moutinho, antes de este entrar...

No meio dessas pequenas artimanhas, fica a certeza de que o único cotovelo que realmente apareceu neste jogo do Campeonato do Mundo, foi o do Professor Queiroz...

Uma tremenda dor de cotovelo.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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