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Caneca de Letras

08.05.18

 

 

 

Uma bala perdida;

Perdidamente confusa,

Vida esquecida,

Gritaria obtusa,

Da alma ferida,

Que fere profusa,

Profusamente...

 

Profundamente;

Não querendo calar,

Envergonhadamente,

Querendo gritar,

Timidamente,

A soletrar,

O que se perdeu no tempo...

 

Pois o tempo não parou;

As mágoas não calaram,

O vazio não silenciou,

Cada pedaço desse destino,

Desatinado...

 

Bala perdida;

Sem sentido...

 

Deixando sentir;

Aos que ficaram,

Essa tua partida,

Sem sentido...

 

Sempre sem sentido.

 

 

 

 

 

 

06.05.18

 

 

 

Tantos dias como este;

Singela ausência,

Da tua presença,

Amarrado desgosto,

Do desaparecido rosto,

Teu...

 

Tantos momentos se passaram;

Nesta busca intemporal pelo teu cheiro,

Pelas palavras que me aconchegavam,

Por entre esta dor...

 

Tanto vazio;

Que se quebra nas memórias,

Nessas valiosas recordações que ficaram...

 

Como quero chorar;

De cada vez que sinto,

Essa falta tua,

Amor meu...

 

Dia da Mãe;

Sem te poder abraçar,

Olhando para o céu,

Tentando nele descobrir,

Um teu sinal...

 

Mas sobra o amor;

Esse pedaço de mim,

Que eternamente será teu,

Essa pequena palavra,

Que me ensinaste a soletrar...

 

No meu coração;

Todos os dias,

São teus...

 

Minha querida Mãe.

 

 

 

 

04.05.18

 

As declarações de Carlos César, Augusto Santos Silva e João Galamba em relação ao caso Manuel Pinho, e em certa medida a José Sócrates, revelam uma mudança Histórica do PS na sua coabitação com a Justiça.

O PS há muito que se habitou a reclamar para si, o papel de mártir, nas batalhas judiciais que em determinado momento atingiram alguns dos seus dirigentes, no caso Casa Pia ou na Face Oculta, entre outros, sendo por isso mesmo um sinal surpreendente ou não, esta postura que parece começar agora a sinalizar.

Talvez por sentir a culpabilidade dos envolvidos, buscando assim o distanciamento necessário daqueles que um dia tiveram papel cimeiro dentro do Partido, no entanto, esta mudança de palavras, de atitude, carrega de certezas a culpabilidade dos ditos arguidos.

António Costa, homem inteligente, terá há muito compreendido o lamaçal que envolvia a anterior estrutura Socialista, o que torna mais compreensível aquela expressão à saída da Prisão de Évora sobre José Sócrates:

" Ele está convicto da Sua verdade!"

A sua verdade...

De personagem em personagem, vai caindo parte do Status Quo que durante meia década governou esta nossa Nação, com resultados desastrosos para o País.

Resta ao PS tentar com esta estratégia resgatar a credibilidade do Partido e assim afastar os seus actuais quadros de tamanha vergonha...

A pergunta que não quer calar:

Conseguirá?

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

03.05.18

 

É de forma perplexa que tenho observado os últimos desenvolvimentos no caso dos Emails, que ligam o Benfica a supostos actos que extravasam qualquer patamar anterior no Futebol Português.

Para ser honesto, caso se confirme o que tem vindo a publico nos últimos dias, estamos diante de pressupostos, só comparáveis à Camorra Siciliana...

Jornalistas agredidos, Seguranças privados com defesas judiciais pagas pelo Clube, ligações perigosas à Magistratura, trocas de favores com agentes policiais, tentáculos dispersos pelas mais variadas esferas de influência.

Nada desmentido...

Tudo carregado de suspeitas.

Nomes como Domingos Soares de Oliveira ou Paulo Gonçalves, demonstram quão perto se encontra este terramoto de Luís Filipe Vieira e como cercada está a estrutura Benfiquista.

Por mais que o neguem e verdadeiramente ninguém parece capaz de o fazer, o cerco aperta e será difícil não se retirarem daqui consequências...

O Benfica dispõe ou dispôs de um suposto esquema capaz de influenciar os mais variados quadrantes de interesse, faltando apenas montar o puzzle que desmontará toda a pirâmide fraudulenta que sustentou estes anos de sucesso.

Não quero confundir o Clube com aqueles que o servem neste momento, no entanto, será através dos actos destes que se fará o julgamento sobre a instituição.

Será que a Justiça Portuguesa será capaz de lidar com esta espécie de Máfia Napolitana, ao jeito do Futebol Português, como em Itália foram capazes de desmontar o Polvo que amarrava a Sociedade Italiana?

Veremos...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

01.05.18

 

Era uma vez...

Somente uma vez, tão distante como presente, marcante a cada recordação só minha.

Era uma vez um menino envergonhado, com medo de voar, escondido por entre a timidez que insistia em lhe corar as maçãs do rosto, em silenciar as palavras que abundantemente lhe preenchiam a alma, em toldar a vontade que dentro dele pulsava.

Era um mundo novo, tão novo como assustador, tão intenso como desafiador, tão só dele.

Esse mundo repleto de fantasmas e receios, incitava a alma para um pincelar na tela em branco, escolhendo as cores que preencheriam todo um olhar de esperança que apenas a ele pertencia...

Esperanças e medos, rostos e expressões, desejos que se cumpriam apenas na imaginação.

Faltava o som dessa esperança, calada e sincera, impregnada de palavras que jamais se poderiam ignorar...

E foi caminhando o tempo, temporalmente confuso, transformado num irrequieto continuar do destino, destinadamente incompleto.

Até ao dia...

Esse dia já noite, essa noite sempre presente no meio de um mar de gente, carregando vozes e rebuliço, reencontrando essa alma que sempre lhe pertenceu.

Pois só dele poderia ser aquela alma, aquele singelo desencontrar com um encontro, há muito, descrito nas estrelas.

Passo a passo, palmilhando os dias e noites que se cumpririam em longos anos, se moldou o singelo olhar, se emocionou o desamparado coração, se compreendeu o que parecia incompreensível.

A viagem de uma vida, escondida por entre tantas, que vividas pareceram curtas e que recordadas sem memória, pareceram tão imensamente nossas.

Era uma vez, somente uma por entre tantas...

Por entre tantas que não consigo descrever, descrevendo num só gesto a imensidão de tamanho amor.

E continua a viagem...

Sempre contigo a meu lado.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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