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Caneca de Letras

31.05.18

 

Hesitei muito em escrever este texto, por não saber se seria verdade, apesar de tudo o indicar, por não querer acreditar que poderia ser verdade, por não querer expressar por palavras a tamanha tristeza que em mim subsiste...

No entanto, aqui vai:

Tudo indica que Rui Patrício terá sido vendido ao Nápoles, por uma quantia irrisória tendo em conta o seu valor, valor esse futebolístico, sentimental, histórico.

Nada representa mais, para mim, deste reinado boçalista ou Brunista se preferirem, como esta venda estranhamente inexplicável.

O Rui simboliza um pedaço da nossa alma, desse caracterizar do sentido verde e branco, da formação continua, continuada por mais de dez anos na equipa principal, por mais de vinte e três desde que por ali entrou.

Este partir, saindo pela porta pequena, pois em Alvalade nesta Era já não existem portas grandes, é definitivamente o quebrar com todo o sonho de uma criança, aquela de Marrazes que com sete anos por ali entrou e com ela todas aquelas crianças que um dia acreditaram na magia de ser Leão.

A partida de Rui Patrício, a se confirmar, mata profundamente o verdadeiro sentido deste Clube que me habituei a ter como "meu"...

Torna-nos a todos mais "Bruno", coniventes com esta vontade de nos conformar-mos com esta espécie de nada, somente permitida nesses refúgios meio Cubano-Venezuelanos.

Os Sportinguistas estarão confrontados com o maior desafio da sua história, permitir ou não que um pequeno homem destrua a obra centenária de muitos...

Até lá, resta-nos despedir de alguém que respira da mesma forma que nós, que ama este Clube da mesma maneira que nós amamos, que é tão Leão como todos nós.

Para sempre ficarão as lágrimas tuas no relvado do Jamor, pela derrota naquela Taça, pela vergonha do que sobrou deste nosso Sporting...

Para sempre ficará na memória, na minha, a primeira defesa, o primeiro momento, a eterna sensação de que serias eterno.

Até sempre Rui Patrício.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

30.05.18

 

Há muito que não escrevo sobre o Presidente Americano, Donald Trump, entretido que ando com esta tragédia em que se tornou o "meu" Sporting...

No entanto, não posso ignorar este pequeno episódio envolvendo o Senhor Trump e uma professora reformada, numa carta tão surreal como reveladora.

Yvonne Mason, professora Norte-Americana, na reforma, escreveu ao Presidente Trump para incita-lo a visitar as famílias das vitimas de mais um tiroteio em escolas Americanas...

Mais um pedaço de horror, patrocinado por políticas proteccionistas ao Lobby das armas e que há muito corroem os Estados Unidos.

Política essa, validada em certa medida, pelas acções e discurso do actual Presidente.

Donald Trump enviou uma carta a esta professora, respondendo assim aos seus anseios...

Porém, o que mais sobressai na missiva enviada a esta professora, é a quantidade de erros gramaticais apresentados, dentro do registo intelectual que todos podemos esperar de Donald Trump, sendo que não deixa de espantar o singelo facto de ninguém a ter corrigido.

Das duas uma...

Ou Donald Trump escreve pelo seu punho as respostas às cartas que recebe na Casa Branca ou a sua equipa de assessores tem o mesmo grau de iliteracia do seu "Chefe".

Qualquer uma dessas hipóteses é inquietante.

Quanto a Yvonne Mason, uma nota de verdadeiro apreço...

Demonstrou que uma Professora nunca deixa de o ser, qualquer que seja o momento, nem mesmo diante da grotesca ignorância de uma mimada criança, quase a entrar na fase idosa da sua vida.

Haja paciência.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

29.05.18

 

 

 

Luzes apagadas;

Sem brilho,

Sem nada...

 

Silencioso vazio;

Na penumbra de um momento,

Singelo arrepio,

De um arrepiante tormento...

 

Vai nevando de mansinho;

Do outro lado do mundo,

Vai sonhando devagarinho,

Num desejo profundo...

 

Num desejo que não cala;

O bater do coração,

Segredando cada lágrima,

Repleta de emoção...

 

Repleta de magia;

Despojada de certezas,

Combatendo em cada dia,

Amarguras e incertezas...

 

E vai descendo o pano;

Se extinguindo os aplausos,

Encerrando o sorriso,

De um pobre palhaço.

 

 

 

 

 

 

28.05.18

 

 

 

Sentada na beira da estrada;

Dessa estrada empoeirada,

Caminhando desbravada,

Desbravadamente desencontrada,

Desencontradamente desesperada,

Desesperadamente emocionada,

Emocionadamente aprisionada,

Na beira de uma estrada...

 

Na beira dessa estrada;

Memória bem trancada,

Permanece pincelada,

A parte recordada,

De cada beijo retratada,

Retratando sem mais nada,

Um pedaço deste amor...

 

Na beira de uma estrada;

De uma estrada empoeirada,

Vai cantando de soslaio,

A velha alma,

De outrora.

 

 

 

 

 

 

26.05.18

 

O Real Madrid ganhou mais uma Liga dos Campeões, juntando Ronaldo mais um troféu desta competição à sua lista de vitórias.

Uma final repleta de ilusões e desilusões, de suspense e dramas, de emoção e comprometimento...

Grande golo de Gareth Bale, tristezas para Salah e Carvajal, desespero e falhanços que marcariam esta partida de futebol.

Mas nada se poderá comparar aos momentos que envolveram Lukas Karius, o guarda-redes do Liverpool, marcado eternamente por dois trágicos erros que ditaram indelevelmente esta derrota dos homens de Jurgen Klopp.

No entanto, ver naquele palco, os adeptos do Liverpool a cantar e apoiar a equipa, todos sem excepção, após o segundo frango da noite, representou o melhor que o futebol pode conter, demonstrando que nas derrotas poderemos encontrar dignidade, glória, respeito e nobreza.

Nesse momento imaginei o que seria se o guarda-redes fosse Rui Patrício, se a equipa fosse o "meu" Sporting e o Presidente Bruno de Carvalho...

O que seria?

Insultos, certamente agressões, definitivamente um cenário degradante.

É com tristeza que o escrevo mas não pude deixar de sentir esta emoção, este sentido de apreço por aqueles adeptos, pela grandeza inerente às suas vozes, aos seus gritos, aos seus gestos...

Num Clube, que um dia foi responsável por uma das maiores tragédias da história do futebol, aquela final da Taça dos Campeões Europeus, onde morreram centenas de Italianos da Juventus, é absolutamente dignificante a mudança de mentalidades no futebol Inglês.

Espero um dia poder escrever estas palavras sobre o Sporting e o momento actual no Futebol Português...

Mas para isso, muito terá de mudar, a começar pelos dirigentes responsáveis por tamanha belicosidade vigente neste nosso futebol.

Parabéns Liverpool, pois apesar de terem perdido uma final, venceram na dignificação deste desporto que todos amamos.

Viva os adeptos do Liverpool.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

25.05.18

 

E vamos lá, uma vez mais:

A noite adentro quando Jaime Marta Soares no Hall do Pavilhão Multiusos se preparava para falar aos jornalistas, explicando o que havia ocorrido na famigerada reunião com o "Pequeno Ditador", em directo para todas as televisões...

Um cenário de baixo nível, acorrentado a impropérios e gritos, rodeado de "apoiantes" da actual direcção, quais camisas vermelhas, sim vermelhas, no centro de Caracas.

Nunca imaginei ver este Clube entregue a este tipo de gente, celebrando a mítica frase...

O Sporting é nosso outra vez.

Se é vosso, caros Brunistas,  irá sê-lo em contradição com os valores básicos que sempre nortearam a Instituição que tanto amo, desprovida na actualidade do glamour e esperança que sempre a caracterizaram.

Perder custa pouco, comparativamente com estas imagens, esta gente pequena que acompanha o seu tresloucado líder.

Tenho vergonha...

Tamanha vergonha.

A Nação Leonina já não se encontra ferida, mas sim esventrada de toda a sua alma, entregue a este tipo de mafiosos que ameaçando, chantageando, usando a demagogia como arma, se vão servindo do clube e certamente da ignorância vigente para governar...

Para sobreviverem.

Estão a matar o Sporting Clube de Portugal...

Estão a reduzir este meu amor, a um retrato muito pobre do seu destemido destino.

No meio de tantos gritos lá consegui compreender que será marcada uma Assembleia de destituição para meados de Junho, num cenário que em tudo concorre para a tragédia...

Um campo de batalha tal como deseja o boçal que nos governa.

Tenho mágoa e tristeza, por entre a incerteza que vivemos, nós Sportinguistas que não se revêm nesta direcção, receando que se possa perder a tamanha grandeza por entre os caprichos de um insano dirigente.

Liberto assim a descrença que sinto, gritando desesperadamente a vontade que me preenche...

Voltem os croquetes, pois não aguento mais com tanta boçalidade.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

24.05.18

 

Palavra de honra que havia prometido a mim mesmo, não escrever sobre o Sporting por estes dias...

No entanto, é completamente impossível deixar de registar por aqui, uma ou duas notas, da actualidade Leonina:

Em primeiro lugar o retiro espiritual de Rui Patrício, quando muitos já o apontavam ao Nápoles, rescindindo unilateralmente contrato com o Sporting, acusando-o das mais variadas formas de traição...

Pouca a fé Leonina.

Em segundo lugar, registar o adiamento de uma decisão de Jaime Marta Soares para 5ª Feira, depois de 2ª e mais outra 2ª Feira...

Não há bombeiros que nos salvem.

Em terceiro lugar, a nomeação de Augusto Inácio para Director do Futebol, ou seja, um repensador reconhecido de uma estratégia futebolística, não fosse época sua, aquela que nos trouxe Gauld, Slavchev, Mauricio, Sarr, Shikabala, entre outros...

Inácio regressa assim a Alvalade, por lealdade, a única característica que lhe poderá valer este cargo, numa Era de desespero Brunista.

Por último a nomeação de Fernando Correia para Porta-Voz de Bruno de Carvalho...

Por respeito a Fernando Correia e pela minha imberbe meninice, passada muitas vezes ao timbre da sua voz, relatando os jogos do meu Sporting...

Por respeito a tudo isso e aos seus 82 anos, calarei neste artigo as palavras que a minha mente insiste em libertar, em dizer, em clamar.

Muita coisa a mudar em Alvalade, menos aquela que importa...

Ainda é Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting?

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

23.05.18

 

 

 

Amar-te é contar;

Incessantemente contar,

Os momentos em que ausente estás,

Ansiosamente esperando,

Que esse regresso se apresse,

Para amenizar o sofrimento,

Que sentindo me sufoca,

Sufocando me desespera,

Sem parar...

 

Até a esse momento;

Espécie de rajada de vento,

Em que te torno a ver,

Vislumbrando assim,

Esse pedaço de mim,

Que em teu coração bate...

 

É esse pequeno amor;

Que se torna grande em meus olhos,

Se expressa em teu sorriso,

Se liberta nesta alma minha,

Que é tua...

 

É simplesmente assim;

Que me atrevo a descrever,

Esse querer sem fim,

Eterno escrever,

Da melodia...

 

Desta melodiosa forma;

De amar.

 

 

 

23.05.18

 

Uma sala vazia, silenciosamente vazia...

Por cada silencio, despido de tudo, se inquieta a memória, esse pedaço de uma história que se cumpre todos os dias, nesse compasso temporal, infinito.

No olhar se encerram palavras, repletas de sinceridade, encontros e desencontros, laços entrelaçados, em dias e noites de desesperada emoção...

Portas entre-abertas, vislumbrando de soslaio as vidas que ficaram presas nesse amor, nesse desejo, recanto desencontrado.

Será que se pode cumprir, o que sente um tímido coração?

Será que se pode cumprir, o que se esconde na imberbe alma?

Dúvidas que insistem em permanecer, que permanecem insistentes, repetindo as interrogações sem resposta.

Numa viagem sem retorno, num vai e vem, caminhar, percorrendo sem regresso tantos e tantos destinos entrelaçados...

E nesse intervalo de esperança, nesse cruzar de um pormenor, deixo livremente voar, essa pequena partícula de mim que te conhece...

Que desconhecendo te pertence, que te pertencendo se completa.

Mesmo que não se entenda, perdido por entre o baralhar de tantas vidas, mesmo assim...

Nesse intervalo somente nosso, saberemos sempre que assim é, que assim foi, que assim eternamente será.

Porque só assim faz sentido, sentindo desmesuradamente em cada sorriso teu, a cada olhar tão teu, que nada mais tem importância...

Nada mais é importante.

Pois todos os meu dias são teus.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

22.05.18

 

 

 

Passo a passo;

Solitariamente...

 

Passo a passo;

Soletradamente...

 

Passo a passo;

Descompassa a triste alma;

Que descompassadamente,

Me pertence...

 

Na tua ausência se perde;

Na tua presença se encontra;

Reencontrando aquele sorriso,

Que só em ti existe,

Que só por ti tem sentido...

 

Passo a passo;

Devagar...

 

Num compasso,

A rimar...

 

Eternizando;

Este meu imenso amor,

Por ti.

 

 

 

 

 

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