01.04.18
Ser do Sporting é essa infinita sapiência, entrelaçada paciência interminável...
Esse amor que esmaga, que desesperantemente se amarra a uma desmedida esperança, maior do que a imberbe alma.
O Sporting que se apresentou na pedreira em Braga, é um pedaço desse desespero, desse olhar descolorido do seu treinador e do seu Presidente...
De gente que grita e gesticula, gesticulando interminavelmente por entre a razão que se ausenta, sempre que a mente se desperta.
Este Sporting é o reflexo desse mesmo paradigma, desse ideal, meio bacoco, de um belicismo sem delongas...
Um treinador falhado, um Presidente crispado, ambos aprisionados a uma dimensão gigantesca de si mesmos.
E de derrota em derrota se acentua a frustração, a frustrada forma do Ser...
A derrota em Braga, não só tira o Sporting da luta pelo titulo, aliás não me parece novidade, mas acima de tudo desmascara a fantasia inerente ao discurso da nova ordem.
Este Sporting competente, capaz de se bater com os melhores...
Nada mudou, apenas a propaganda é mais eficaz.
E eu de propaganda estou cansado.
Viva o Sporting.
Filipe Vaz Correia