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Caneca de Letras

Caneca de Letras

Vezes Sem Conta!

Filipe Vaz Correia, 27.04.18

 

 

 

Tenho tanta vontade de sentir;

Novamente sentir,

O sentido bater,

Contraditório fugir,

Da alma a querer,

Querendo pedir,

Que volte a viver,

Repetidamente,

Vezes sem conta...

 

Vezes sem conta;

No mesmo lugar,

Vezes sem conta,

Aquele abraçar,

Vezes sem conta,

Nossas mãos entrelaçar,

Vezes sem conta,

O desmedido amar,

Vezes sem conta,

No teu olhar...

 

Tenho tanta vontade;

De resgatar da saudade,

Essa asfixiante verdade,

Sem fim...

 

Amo-te inteiramente;

Eternamente,

Como se fosse sempre,

A primeira vez.

 

 

Nada Mudou No Reino Do Leão...

Filipe Vaz Correia, 25.04.18

 

O ruído silencioso em que caiu o meu Sporting, assinala a tempestade cínica que assombra o tempo destemperado no Reino Leonino...

Bruno de Carvalho mantém-se calado, escondido, se calhar como sempre deveria ter estado, no entanto, desconfiando da inusitada sensibilidade do Presidente Leonino, adivinho o temporal entrelaçado à figura em questão.

Não poderemos ignorar o momento, a verdade temporal que despedaçou a unanimidade Sportinguista, deixando ao olhar de todos o transtornado Presidente que nos representa, porém esta singularidade imperfeita, representada por este silêncio carregado de bom-senso, não me tranquiliza, não acalma a ansiedade verde que aprisiona este adepto de uma vida...

Somente reforça a estranheza, a preocupação.

As vitórias presentes, meio em esforço, impregnadas de dedicação, amarradas à dedicação de todos nós Sportinguistas, disfarçam as tenebrosas imagens plasmadas no auge da crise Leonina, as dores lombares, as ameaças ditatoriais, os apelos despojados de inteligência...

Por isso temo a vingança Brunista, a raiva canina escondida por trás deste silêncio, deste silencioso vazio de uma bélica alma.

Temo por Rui Patrício, por Jorge Jesus, por Bas Dost, por Bruno Fernandes, por Fábio Coentrão...

Temo por nós.

As vitórias Leoninas não me fazem esquecer o boçal que nos guia, a trupe que o acompanha, os peões de brega que o sustentam...

Por essa razão aqui escrevo estas palavras, como um grito surdo, para que não nos esqueçamos daqueles que sendo nossos, farão parte do imaginário intemporal deste nosso clube.

Quando vencermos a Final da Taça de Portugal, como espero, será Patrício que erguerá o troféu, como antes fizeram Hilário, Manuel Fernandes, Oceano, Beto, entre outros...

Sendo esses a razão para que perdure a gloriosa imaginação verde e branca.

Não nos esqueçamos disso, no meio do verão, quando a purga, que adivinho, começar...

Viva o Sporting.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

Folha Em Branco

Filipe Vaz Correia, 24.04.18

 

 

 

Folha em branco;

Despida de palavras,

Desnudada de pranto,

Mágoas desvendadas,

Em parte segredadas,

Ao ouvido da consciência...

 

Folha em branco;

Sem desenho ou rascunho,

Tão sincera e pueril,

Imaculadamente ingénua...

 

Folha em branco;

Num vazio intemporal,

Desgosto por cumprir,

Na imensidão de um gigantesco sentimento...

 

Folha em branco;

Carregada de rasuras,

Apagada esperança,

Desse amor...

 

Folha em branco;

Repleta de oportunidades,

Para reescrever,

A tamanha história,

Da minha vida.

 

 

Como Dói Um Grande Amor?

Filipe Vaz Correia, 23.04.18

 

Não tenho palavras para esta despedida...

Pois palavras não existem para descrever o que dita a ingénua alma que um dia acreditou na eternidade de tamanho sentimento.

Não existe céu capaz de cobrir a imensidão do que se esconde por entre o silêncio ruidoso, ruidosamente soletrando o que desabridamente se expressa no olhar.

Não cora o rosto que sabendo deste adeus, disfarça timidamente para que nada se torne eterno na mente entristecida, retrato de um desgosto indisfarçável.

Não grita a voz, embargada pelas memórias só nossas...

Tão nossas que se diluíram neste destempero tornado em realidade.

São assim as despedidas de amor ou talvez não...

Talvez poucas se possam mostrar tão doloridas, tão dolorosas como a centelha que incendeia a triste alma, tão cortantes como a dor de tamanha separação.

Não sei viver sem esse respirar teu que me completa, essa parte de mim que se perde em ti, mesmo que despedaçada, despedaçadamente procurando um teu sinal...

Mas não basta buscar esse amor, essa partícula imaculada de um cristalino sentimento, tão puro quanto raro, tão meu que ao mesmo tempo se confunde contigo.

Não basta querer voltar encontrar, quando se perderam por entre as palavras renegadas, por entre as vontades esquecidas, as tristes lágrimas que insisti em esconder...

Não basta querer acreditar que poderemos sobrevoar o tempo, uma e outra vez, voando sem asas, sem esperança ou fé.

Tantas palavras por escrever, por gritar, sussurrando ardentemente o descompasso em que se tornou o triste olhar meu.

Mas sabes bem...

Sabes bem que o compasso deste sentimento se renova sem explicação, se mantém sem mais nada, singelamente fiel a cada pedaço dessa História que nos pertence.

E por isso sem palavras, apenas gritando o silêncio...

Se despede o eterno amor, discretamente contando que numa bela noite de verão, partiu esse último recanto do meu coração.

Até sempre meu amor.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

Palavras Minhas...

Filipe Vaz Correia, 21.04.18

 

 

 

Continuo a amar;

Cada parte de ti,

Mesmo que não pareça,

Mesmo que não o consiga dizer,

Não o queira expressar,

Calando desesperadamente,

A imensa vontade,

De te querer...

 

Continuo a amar;

Todos os traços do teu rosto,

Devagarinho a soletrar,

Cada pedaço de desgosto,

Com que insisto em pincelar,

Este amor meu...

 

E perdido por entre as rimas;

Desta poesia,

Por entre o desejo que permanece silenciado,

Vai voando timidamente,

Este amor que eternamente,

Te pertencerá.

 

 

 

 

 

 

 

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