Mais um jogo de sofrimento, de um incompreensível e desesperante sofrimento...
O meu Sporting está nos Quartos de Final da Liga Europa, passando assim mais uma eliminatória num objectivo que todos sabem, muito difícil.
O que não se pode deixar de estranhar, é a dificuldade encontrada contra uma equipa imensamente inferior, que se apresentou sem medo, perante um leão incapaz de entrar no jogo...
Jesus uma vez mais equivocou-se, misturou jogadores de maneira estranha e escolheu outros de forma ainda mais inexplicável.
Battaglia a lateral direito, com Piccini e Ristovski no banco, Petrovic a trinco, sendo que este jogador não tem qualidade para fazer parte deste plantel...
Bryan Ruiz a 8, obrigado a um desgaste e intensidade que ultrapassa em muito as suas características e o que estas podem dar à equipa.
Com o formato inicial, o Sporting não conseguia equilibrar o jogo, ter para si a posse de bola, criar de forma sustentada...
A chave deste jogo, na minha opinião, está na entrada de Piccini, pois com esta alteração o Sporting ganha em dois momentos:
Ofensivamente com a dimensão atacante que Piccini, a partir da lateral, incutiu na equipa e defensivamente com a intensidade de Battaglia, na recuperação e transporte de bola.
No jogo de ontem, quatro jogadores foram essenciais:
Patrício, um dos três melhores guarda-redes do mundo.
Coentrão, um leão que se entrega incansavelmente.
Bruno Fernandes, um jogador que não sabe jogar mal, mesmo que grande parte da equipa não o acompanhe.
Battaglia, pelo esforço, entrega e o golo que nos valeu a vitória.
Esta vitória, assim como a de Chaves, deixa duas notas:
Este Sporting tem alma e crença...
Mas não parece ter dimensão futebolística para simplificar processos e elevar o seu jogo.
Esperemos para ver, de Battaglia em Battaglia, até onde será capaz de chegar este Leão...
Viva o Sporting.
Filipe Vaz Correia