03.01.18
Vem aí o jogo dos jogos, o derby de todos os sonhos...
Um Benfica/Sporting ou Sporting/Benfica, traz amarrado a si um mundo intemporal de histórias, um pedaço de imaginação que faz de graúdos meninos e torna meninos em destemidos heróis.
Durante aquele tempo, suspenso na emoção divina, desses Deuses da bola que invadem o coração de tantos e tantos adeptos, o mundo parece estar suspenso, as vozes teimando em se fazer ouvir, num bruaá gigantesco, maior do que qualquer ruidoso silêncio.
No olhar de tantos de nós, adeptos deste desporto único, se esconde o sonho de uma vitória, o desejo sedutor do golo pedido, o abraço desmedido de um toque tirado de uma poesia.
O Benfica/ Sporting de amanhã assume-se de especial importância para as duas equipas, uma por se querer manter na liderança do Campeonato e a outra por não querer vislumbrar o agravar de uma crise, que vai muito para lá dos relvados.
O Benfica envolvido em polémicas sem precedentes, incapaz de demonstrar a inocência que os seus adeptos parecem ainda acreditar, vê neste jogo uma oportunidade única para disfarçar as feridas que se instalaram na "Estrutura Encarnada".
Uma derrota amanhã, deixaria marcas irreversíveis na equipa de Rui Vitória, e deixaria o seu treinador numa posição insustentável.
O Sporting, neste caso, partirá sabendo que as consequências de uma derrota, jamais assumirão para si, a mesma dramaticidade, no entanto, numa época onde importa mais do que nunca ser campeão, não se atrasar em relação ao F.C.Porto, terá particular importância.
Não posso deixar de escrever, sobre a imensa imbecilidade, plasmada na hora a que se vai disputar este jogo...
Nove e meia da noite, de uma Quarta-Feira.
Será assim, que a Liga tenciona proteger e promover o Futebol?
Uma estranha imbecilidade, que ainda necessita ser explicada.
Porém, independentemente da hora, da belicosidade inerente ao momento, vivido no Futebol Português, o País parará...
As crianças sonharão...
E os graúdos, também o irão fazer.
Pois no derby dos sonhos, sonhar é obrigatório.
Filipe Vaz Correia