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Caneca de Letras

21.11.17

 

Nunca fui um grande admirador do Rui Santos e do seu programa "Tempo Extra", SIC Noticias...

Mais, recordo os tempos em que o jornalista em questão usava o seu programa, para atacar de maneira constante o Sporting Clube de Portugal e o seu treinador Paulo Bento, numa batalha sem quartel, o que vezes sem conta, me exasperava e irritava.

Tempos distantes e que por estes dias pouco reflectem, o que aqui irei escrever:

Nesta polémica, que corre por entre Facebook ou programas televisivos, entre o actual Presidente do Sporting e o Apresentador em questão, vejo-me tristemente envergonhado, pela maneira como uma vez mais se comporta, aquele que representa a História Leonina.

O comunicado de Bruno de Carvalho no seu Facebook, já não surpreende, nem no estilo, nem no linguajar, muito menos no aspecto truculento, empregado em cada virgula, a cada pedaço do seu desgarrado texto.

Rui Santos, que inicialmente até demonstrava apreço pela personagem, apelidou-o desta vez, de Rapazote Deslumbrado...

Ao contrário de outros, considero que foi simpático.

Bruno de Carvalho demonstra ser imensas coisas, na forma como trata o Clube, que parece actualmente ser sua propriedade, na maneira como se refere aos fantasmas, que em cada esquina o parecem perseguir...

Neste momento o Sporting encontra-se num dos períodos mais delicados da sua História, por muito que o queiram negar, pois o clube é refém de um regime Autocrático, submerso num gigantesco culto da personalidade, alimentado por um Rapazote Deslumbrado e por aqueles que fanaticamente o apoiam, tentando transformar qualquer voz que se lhe oponha, num representante de outro tempo, defensor daqueles que anteriormente representaram o Clube.

Este tipo de discurso, castrador do debate público, é encontrado sistematicamente em regimes ditatoriais, comandados repetidamente por Populistas e Demagogos, que acabam por defender as suas lideranças, no conceito primitivo do "Nós Versus Os Outros".

Na Venezuela, Nicolas Maduro utiliza o mesmo tipo de linguagem, da trauliteira verborreia para catalogar de Fascistas, aqueles que o contestam...

Deixo o legado Histórico da Venezuela para os Historiadores, sendo que desconheço qualquer influência do Regime de Mussolini, na política daquele País.

No entanto, vezes sem conta, repetem-se nesse tipo de liderança, os tiques de personalidade, de um imenso desencontro com a realidade, na busca por uma justificação que comprove a sua divina razão...

Nunca chegará, pois a realidade acaba sempre por esmagar, aqueles que por instantes pretendem reescrever a História, ou transforma-la no seu pedaço de auto-elogio.

Bruno de Carvalho vai tombando, sem ainda se aperceber, que porventura chegará o momento, em que lhe irão cobrar as torpes palavras, os insultos intra e fora de muros, os empregos dentro do clube que custam a compreender.

Assim, não vislumbro razão para tamanha contestação, às palavras de Rui Santos...

Rapazote Deslumbrado, foi um imenso elogio.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

21.11.17

 

Se eu estivesse a ler um livro chamado Angola?

Um livro de ficção...

Sempre de ficção.

Um livro repleto de noticias que todos os dias chegam de Luanda, com consecutivas exonerações, executadas por um novo Presidente Angolano...

Noticias essas, mais do que surpreendentes, deixavam no ar receios e interrogações, sonhos e esperanças, enfim ventos de mudança.

No entanto, imaginemos que nos seus primeiros 50 dias de mandato, esse novo Presidente desafia o legado recebido, mudando quase todas as chefias herdadas de um tal de José Eduardo dos Santos, inclusivamente os cargos onde se encontravam, os filhos deste...

Imaginem!

Cresce uma incógnita na história, que se adensa no capitulo em que nos encontramos:

O que fará o anterior detentor do poder, ou aqueles que estavam habituados a desfrutar desse poder?

Conhecendo as personagens, as características, as atitudes a que nos habituaram, ao longo do tempo, correrá perigo o novo protagonista?

Será que chegará ao fim da história, esta corajosa personagem?

Neste livro que estou ler, um homem improvável, um líder carregado de uma inesperada coragem, tenta resgatar o seu País de um longo e tenebroso sono, de um silencioso lamaçal corrupto e castrador...

Um homem que olha nos olhos dos seus e tenta que estes acreditem num novo caminho, numa nova esperança.

No entanto, temo que as próximas páginas, me tragam a reacção daquele que apesar de frágil, ainda deve ter poder suficiente, para tentar fazer desaparecer aquele que corajosamente foi capaz de limpar a podridão, há muito tempo, acumulada.

Temo tantas coisas...

Mas quanto mais leio, mais gosto do protagonista desta história:

João Lourenço.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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