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Caneca de Letras

Caneca de Letras

Asilo ou Fuga: Cobardia!

Filipe Vaz Correia, 31.10.17

 

Carles Puigdemont reapareceu....

Numa sala em Bruxelas, Clube de Imprensa, repleta de profissionais tentando encontrar respostas para as interrogações criadas, pela suposta fuga do anterior Presidente da Generalitat Catalã.

O que se poderia esperar?

Teria pedido asilo político?

As suas palavras são a constatação daquilo que ontem em surdina, muitos anteviam:

Cobardia!

Puigdemont vem a esta conferência de imprensa, dizer que não está ali para pedir asilo político, mas sim porque temeu pela sua segurança em Espanha, devido à actuação do Governo de Madrid...

A sério?

Diz ainda que terá em Bruxelas uma maior capacidade e liberdade, para poder intervir e que só regressaria a território Catalão, caso lhe dessem totais garantias de segurança.

Claro que sim, Senhor Puigdemont.

Na verdade, já não se fazem líderes nem revolucionários como antigamente, pois numa Era do mediatismo, conseguimos descobrir facilmente, os ratinhos que querem ser leões...

Sem nunca deixarem de ser ratinhos.

Puigdemont garantiu a sua fuga, no meio de um sem número de desculpas, esquecendo os milhões de apoiantes que acreditando na Causa que ele representava, ali ficaram presos, entre o sonho realizado e a inacabada vontade de o concretizar.

Serão muitos os jovens e velhos, cidadãos dessa Catalunha que ousaram gritar Independência, mas que agora  não terão a sorte de Carles Puigdemont, sendo assim obrigados a conviver com as consequências de tais actos.

Assim pouco importa saber se pediu asilo ou fugiu...

Foi simplesmente, um cobarde.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

Jaime Marta Soares: Um Velho Cacique!

Filipe Vaz Correia, 31.10.17

 

Sou um admirador dos nossos Bombeiros, Heróis maiores da nossa sociedade civil, capazes de sacrifícios inenarráveis, em prol de todos nós.

Por essa razão tenho sempre imensa simpatia, por tudo o que envolve esta corporação, os seus representantes, as suas lutas.

Aquilo que mais me irrita ou melhor atormenta, são pessoas boçais, pouco civilizadas, meio trauliteiras, uma espécie de aldrabões, encapotados de homem público...

Jaime Marta Soares.

As palavras deste senhor, são constantemente ameaçadoras e até chantagistas, adequadas ao seu estatuto de dinossauro político, vindo de um tempo onde tudo era permitido...

O seu estilo e as suas palavras acabam, muitas vezes, por rebaixar a função e essencialmente o nome que ostenta:

Presidente da Liga dos Bombeiros.

O facto de ser Presidente da Mesa da Assembleia Geral do meu querido Sporting, apenas me irrita mais, no entanto, tenho de convir que actualmente até me parece encaixar no perfil...

Assim, aqui fica um desabafo:

Senhor Marta Soares, faça um esforço, se conseguir, para dignificar o cargo que ocupa.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

Onde Está Puigdemont?

Filipe Vaz Correia, 30.10.17

 

Onde estará Puigdemont?

Um herói, ou um suposto herói, tem de o ser até ao fim, mostrando coragem e desprendimento em nome de uma causa, de uma convicção...

Podemos concordar ou discordar da atitude tomada pelo Presidente da Generalitat Catalã, no entanto, nada faria pior à luta dos milhões de Independentistas, do que a fuga dos seus mais altos representantes, com medo de uma prisão ou de um julgamento, mesmo temendo que esse julgamento seja injusto, desigual, a liderança pressupõe o sacrifício em nome de um interesse maior.

Por essa razão, ainda me custa a crer que Puigdemont possa estar neste momento em Bruxelas, buscando discretamente asilo político e deixando para trás o caos semeado pelas suas políticas, ao longo de semanas.

Se assim for, se tudo for verdade, então a causa Independentista Catalã morreu...

Foi assassinada pela cobardia do seu líder.

A pergunta permanece:

Onde está Puidgemont?

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

Poético Coração...

Filipe Vaz Correia, 29.10.17

 

 

 

Caminhei por entre a vida;

Pela infinitude de sentimentos,

Carreguei tamanhas feridas,

Inquietudes e tormentos...

 

Naveguei em alto mar,

Nadei na imensidão de um rio,

Desejei sem renegar,

O teu toque, meu arrepio...

 

Voei sem sobrevoar;

Minhas lágrimas recolhidas,

Mágoas a disfarçar,

Palavras fingidas...

 

Caminhei por entre o destino;

Eternidade temporal,

Por esse imenso desatino,

Meu desejo infernal...

 

E foi passando demasiado tempo;

Na cantada vontade da minha solidão,

Solidão trazida pelo vento,

Voz de uma emoção,

Recordado sofrimento,

Deste poético coração.

 

 

Jantar De Amigos!

Filipe Vaz Correia, 29.10.17

 

Celebrar a amizade, nos últimos dias de um Outubro, derradeiros dias de um Verão que tarda em se despedir, em deixar surgir aquele desnudar das árvores, imensa melancolia no olhar, que insiste em não chegar.

Fui jantar com a minha mulher e dois queridos amigos, Verinha e Lourenço, a um restaurante perto de minha casa, O Papo Cheio...

Mesa na esplanada, jantar magnifico, como sempre, conversa descontraída, solta, tão nossa, repleta de empatia, telepatias, enfim aquela ligação que tão bem nos define.

A amizade tem destas coisas, esta espécie de combinação exacta, quase perfeita, de tantos e tamanhos labirintos opinativos, que acabam por se conjugar num reencontro constante, de pessoas que se querem bem.

No fim da noite, no curvar de uma esquina, o desfolhar de uma árvore, numa dança imperfeita de folhas que se estiralham no chão, se desprendem das copas e nos brindam com um cenário romântico, nostálgico, teatral...

Verinha e Daniela à frente, Lourenço e eu atrás, perdidos por entre conversas diferentes, pensamentos diversos, reencontrados nesse desencontro mágico, repleto de um imenso significado.

E assim, numa esquina desta nossa Lisboa, entregues ao espantoso momento e à sua intrínseca beleza, tivemos a certeza de que celebrada a amizade, num desajustado dia de um verão que já passou, tivemos o gosto de presenciar, um pedaço de Outono, que se recusou  a ser Verão...

Viva a amizade.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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