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Caneca de Letras

Caneca de Letras

As Asas Da Minha Imaginação!

Filipe Vaz Correia, 30.09.17

 

Acontece-me imensas vezes, estar sentado na esplanada de um café e observar as pessoas a passar, aquelas que chegam, as que sentadas estão perto de mim, a meu lado...

Imaginar o que se passará em cada uma das suas vidas, o que se esconderá para lá do intrigante olhar.

Poderá um sorriso significar felicidade ou uma lágrima simbolizar tristeza?

Um ar carrancudo significar amargura ou a leveza de uma gargalhada, a preenchida realização do Ser Humano?

Vezes sem conta, através da minha irrequieta imaginação, voo pelos trilhos desconhecidos de cada uma daquelas pessoas que comigo se cruzam e nelas reencontro momentos que parecem, também, um pouco meus.

Momentos que já vivi e que ali revivo, ao observar o simples caminhar de uma criança de mão dada com a sua Mãe, buscando em cada um dos seus passos, os meus, perdidos num tempo que não regressa, sobrando infinitamente as saudades dessa mão que um dia, também a mim, me agarrou...

Momentos singelos, despidos de solenidade, atravessando o tempo, permitindo que se descreva no pensamento, o desenho de tantas e tantas almas.

Almas que não me pertencem mas que silenciosamente me atrevo a desenhar, a adivinhar, a escrevinhar sobre elas, sendo que delas pouco conheça...

E ali permaneço sentado à mesa do café, olhando, sentindo, imaginando desencontradamente, o destino escondido por trás de cada rosto, de cada olhar que ali se encontra a meu lado.

Porque nada é mais sedutor do que dar asas à imaginação e voar através desses mundos pincelados pelo nosso olhar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

Geométrico Coração...

Filipe Vaz Correia, 30.09.17

 

 

 

Consigo ver através do escuro;

Os silêncios desenhados,

Consigo adivinhar o futuro,

Por entre círculos e quadrados...

 

Formas geométricas;

Destinos coloridos,

Caminhos assimétricos,

Dias repetidos...

 

Lua nova ou minguante,

Pouco importa, para mim,

Lágrima errante,

Que sufoca sem fim...

 

Que sufoca com empenho;

A alma aprisionada,

Aprisionando ao desenho,

A imagem desejada...

 

Feita por rabiscos,

De um geométrico coração.

 

 

Domingo: Eleições, Futebol E Alma...

Filipe Vaz Correia, 29.09.17

 

Sempre fui um conservador, diferente hoje do que era há vinte anos, na minha efervescente adolescência, obrigado a reflectir por um mundo que nos abraça por estes dias, desempoeirando a mente e destapando os obscuros dogmas ...

No entanto conservador em muitos aspectos, na essência política, na imensa crença dos valores, acreditando porém que a alma Humana, é maior do que certas regras instituídas.

Perdido numa ausente representação política, reencontrarei neste domingo a escolha eleitoral, a opção por votar neste ou naquele...

Não me sinto representado nestas eleições em Lisboa, ninguém merece o meu voto, do meu ponto de vista, desiludido com o PSD, mas surpreendido com o CDS, e essencialmente órfão de um líder, de um caminho que sinta verdadeiramente inteiro.

Entramos assim no dia de reflexão, no silêncio imposto, hipocritamente, mas que supostamente necessita de ser respeitado, mesmo que com o fenómeno das redes sociais, ninguém o respeite.

Nem eu...

Tenho fé que estas eleições representem o ocaso de Pedro Passos Coelho e deste partido que gravita à volta desta fantasmagórica personagem, dando espaço a um regresso às origens de Francisco Sá Carneiro e de um PSD próximo das pessoas e dos seus anseios.

Domingo será um dia excepcional, repleto de emoções, de leituras e questões, desde as Eleições Autárquicas a um Sporting-Porto, até ao referendo da Catalunha...

Um dia repleto de receios e decisões, que certamente condicionarão os destinos de alguns.

Na Catalunha decide-se a existência de uma nação, em Alvalade a permanência de uma esperança e no PSD a esperança de uma permanência.

Para mim será fácil decidir:
Vitória do meu Sporting, queda de Passos Coelho e na Catalunha que Deus nos ajude.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

Angola: Novos Actores, A Mesma Peça...

Filipe Vaz Correia, 28.09.17

Para onde segue esta "nova" Angola?

Será "nova"?

É com graça e até espanto que vejo algumas noticias no Jornais Portugueses, enfatizando o discurso do General João Lourenço, pois é na minha opinião apenas isso que o Senhor continuará a ser, num misto de esquizofrenia e gritaria...

Em primeiro lugar a euforia da mudança, no discurso do "novo" Presidente Angolano que promete atacar a corrupção, assim como, a parca liberdade de expressão, entrelaçando a esperança com a demagogia inerente a uma peça teatral, tão bem interpretada.

Depois a ausência de uma referência a Portugal, como aliado preferêncial do Regime Angolano, repito Regime Angolano, não o seu povo, num discurso carregado de falsidades, indirectas e incongruências...

O regime Angolano nunca teve em Portugal um parceiro igual, aproveitando-se do complexo colonialista que sempre esteve presente nos vários Governos Portugueses, para limitar demasiadas vezes a agenda informativa nos dois Países.

Para isso não será de estranhar a propriedade de várias empresas em Portugal, por empresários Angolanos, muitas delas no espaço jornalístico, por exemplo a CMTV ou o Sol, com a conivência daqueles que alinham por estes argumentos falaciosos...

Será que o Ministério Publico Português poderá investigar um antigo Primeiro-Ministro de Portugal e não o poderá fazer, no caso de um Vice-Presidente Angolano?

Mesmo que este seja, na realidade, Corrupto...

Recuso curvar os meus princípios em nome de uma chantagem visível, abjecta, identificada no discurso de João Lourenço, ou seja, no discurso aprovado por José Eduardo dos Santos e pelo MPLA.

O mesmo MPLA de sempre.

Gosto muito de peças de teatro, no entanto, prefiro aquelas em que os actores sobem ao palco, sem ponto, sem mascaras, sem reticências...

Enfim sem nada a esconder.

E no caso deste Regime Angolano, mascaras é o que não falta.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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