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Caneca de Letras

19.07.17

 

 

 

Quando te vejo criança;

Nesses campos desalmados,

Cede a esperança,

Por entre os malfadados,

Sofrimentos teus,

Que escondidos no passado,

São assim revelados,

Pelas imagens cruéis,

Que não cansam de a todos contar,

Esse horror...

 

Como se pode soletrar a palavra Deus;

Aterrorizando aquelas almas,

Meninas e meninos,

Sonhos roubados,

Imberbes destinos,

Que não tiveram o direito de viver...

 

Cada vez que recordo aqueles campos de refugiados,

Sinto em mim,

Cada lágrima vossa,

E rezo para que enfim,

Jamais se repita.

 

 

19.07.17

 

O documentário transmitido ontem, pela SIC, levado a cabo por Henrique Cymerman é um exemplo do ponto de vista jornalístico, uma peça de excelência num tempo onde o verdadeiro jornalismo de investigação parece em vias de extinção no nosso País...

Crianças no Daesh, revela o outro lado das vitimas deste regime de um Califa, Califado do mal, que vitima muito mais do que aqueles que perecem ao som das bombas suicidas que aterrorizam o nosso mundo ocidental.

Esta visão, dá uma dimensão intrínseca daquelas crianças preparadas para morrer, em nome de um ideal que não desejam, de meninas transformadas em objeto, ao serviço dos desejos daqueles soldados de Alá.

Ao ver aquela reportagem, recordei uma das primeiras vezes que me apercebi da credibilidade deste jornalista, um Português Judeu ou um Judeu Lusitano...

Numa casa clandestina, no auge de mais uma Intifada, ali estava Henrique Cymerman, algures na faixa de Gaza, entrevistando o Xeique Yassin, fundador e líder espiritual do Hammas, figura intrigantemente maquiavélica e que ali se dispunha a receber, a conversar com ele, apesar de Cymerman ser Judeu.

Cymerman consegue mover-se nestes territórios com a segurança que lhe advém da gigantesca qualidade do seu profissionalismo, da maneira séria com que aborda e respeita, entrevistados, assuntos, os vários lados de um mesmo problema...

Foi assim, quando o Papa o recebeu no Vaticano e acabou por o convidar para almoçar consigo, quando entrevista o Primeiro Ministro Israelita ou o Presidente Iraniano, quando se move em Telavive ou é recebido em Ramallah.

Crianças no Daesh é na verdade um relato impressionante, esclarecedor, sobre como o sofrimento Humano reaparece sempre, quando o fanatismo impera, sendo quase sempre as crianças os alvos mais fáceis para tais algozes.

Pelo meio ficam vidas roubadas, famílias destroçadas, sonhos perdidos, laços esquecidos, obrigados a obedecer às divagações de uns quantos que se sentem legitimados para falar em nome de um Deus, sem piedade.

Que venha a segunda parte...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

19.07.17

 

 

 

Já lá vai o tempo;

Lá vai muito longe,

Um distante momento,

Onde no horizonte,

Parecia vislumbrar,

Por entre a penumbra discreta,

Dessa amargura avisada,

A secreta,

Lua...

 

A secreta noite;

Cheia de encantos,

Avisos e prantos,

Ruelas e desencantos,

Escondendo os recantos de tamanho amor...

 

Já lá vai o tempo;

Onde um mero sorriso,

Uma lágrima destemperada,

Mudaria tudo...

 

Porque o tempo é o mais cruel;

Conselheiro,

De um coração ferido.

 

 

19.07.17

 

Não sou grande apreciador das características políticas de Assunção Cristas, nem sequer do Partido Popular de Paulo Portas, sempre me senti mais ligado ao CDS de Adelino Amaro da Costa ou daquele político que na minha opinião é o Príncipe da política portuguesa:

Adriano Moreira.

No entanto a verdade tem de ser dita, escrita, evidenciada...

A atitude do CDS em relação à candidatura de André Ventura resgata por fim, um pouco da dignidade de uma certa Direita, não só a derradeira escolha, como também no critério, nas premissas necessárias para se ser candidato.

O CDS não teve pejo em retirar o seu apoio a esse hediondo candidato, esvoaçante personagem, que certamente envergonhava os tradicionais votantes deste lado partidário...

O que me espanta ou infelizmente não, é a serenidade, a indiferença com que o PSD se mantêm ao lado desta desventura chamada de André, deste candidato que jamais o deveria ser.

Se pensarmos bem, qual é a diferença entre este Senhor e os Abreus Amorim da vida, os Hugos Soares, os Pedros Pintos ou mesmo os Doutorados Relvas?

Nenhuma...

Pedro Passos Coelho e o seu PSD é isto mesmo, um conjunto desregrado de populistas, sem raízes, sem ideologia, sem carácter, valendo tudo para nos seus estilos demagogos, rivalizarem com o ridículo na busca de uma mirifica vitoria eleitoral.

Admito que discordem desta minha opinião, no entanto, André Ventura personifica uma infeliz característica da nossa sociedade:

A mediatização da ignorância.

E neste momento, com esta atitude, o CDS pelo menos desta vez, disse não...

Não à vulgarização da sua história, do seu legado...

Já o PSD?

 

 

Filipe Vaz Correia

 

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