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Caneca de Letras

03.07.17

 

Será que voltámos a ter Fórmula Um?

O último Grande Prémio, pareceu retirado de cenas passadas, na época em que era permitido atirar o carro como retaliação a um rival, em que Prost e Piquet se envolveram numa cena de pugilato e capacetes à mistura, depois de um desastre provocado entre eles, dos muitos conflitos e rivalidades que não eram escondidos, educadamente inexistentes...

Pelos Deuses de antigamente, bandeiras vermelhas e Safety Car.

Retiraram deste desporto o perigo, o conflito, o risco ameaçador de em cada curva poder se dar uma catástrofe, desapareceu o constante desafio para quem como eu sofria no sofá.

E não é melhor?

Não é mais seguro?

Pois pode ser e quem sou eu para o criticar...

No entanto, sem estas loucuras, para mim que assisti a corridas com Mansell, Schumacher, Senna, Piquet, Prost, Rosberg, Patrese, Alboreto, Lauda, entre outros, parece-me anti natura toda a previsibilidade que neste momento se vive em cada corrida.

Mas por um momento, vi na minha televisão a travagem de Hamilton, a reação de Vettel e a vitória de Ricciardo...

Ricciardo partiu da décima posição e subiu, fruto de atrasos e desqualificações, de mestria e talento, dando faisca às curvas, trazendo magia para a pista.

Assim sim, pensei enquanto procurava na pista por Piquet ou Schumacher...

Não estavam lá mas parecia que sim.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

03.07.17

 

 

 

Na favela onde eu vivo;

Não existe água nem eletricidade,

Impera a lei da bala,

Que atinge a mocidade,

Atirados para uma vala,

Escondida da sociedade,

Que raramente fala,

De nós...

 

Na favela onde eu vivo;

Ninguém consegue viver,

Apenas lá moramos,

Temendo um dia morrer,

Enquanto aguardamos,

Pela mudança...

 

Na favela onde eu vivo;

Já não mora a Dona Esperança,

Que há muito nos deixou...

 

Na favela onde eu vivo...

 

 

03.07.17

 

Sempre detestei aviões, viajar por entre as nuvens nesse animal inventado pelo homem, no entanto, estranho será dizer que a viagem que voltaria a fazer, foi precisamente a mais longa que algum dia fiz...

Um contra-senso?

Talvez seja, no entanto, é a mais pura verdade.

Sempre achei que ao entrarmos num avião arriscamos a vida, um género de fobia muito minha, o que faz com que reze constantemente durante a viagem, acreditando até que de forma irritante para quem comigo viaja, mas é importante na minha mente garantir toda a ajuda possível para que nada corra mal.

Sinceramente jamais arriscaria que no meu epitáfio ficasse registado que ia num avião que tombara a caminho da Republica Dominicana, Recife, Cancun ou outro destino que tal, pois entendo que para arriscar a vida é necessário mais do que uns mergulhos numa qualquer praia...

Para praias não preciso sair de Portugal.

Atenção, sempre respeitando outras opiniões...

No entanto, arriscaria São Petersburgo, Paris, Roma, Cairo, Rio ou até Havana, rezando como nunca e esperando que o dito animal se portasse condignamente.

Mas aquela cidade que provoca estas minhas saudades, esta vontade imensa em regressar é a bela e sedutora Nova Iorque, da qual esperava eu muito menos do que realmente ela me deu...

Nova Iorque seduziu-me inexplicavelmente, pejada de luz e cheiros, de uma multiculturalidade impressionante, formigas por entre a multidão mas incrivelmente acolhedora, numa espécie de museu constante misturado com o ritmo acelerado de uma festa interminável.

Aquela magia envolvente que não esperava, esse amarrar de alma num banho intenso aos pés do Rio Hudson...

Aproveitaria também para dar uma escapadinha a Boston, sentir um pouco daquele espírito Irlandês que ainda subsiste em cada bar e por aquelas ruas.

E terminaria a minha viagem nos Hamptons, numa bela casa de praia, bebendo um bom vinho branco gelado enquanto aqui escrevia mais um post...

Que saudades de Nova Iorque e das malditas oito horas de viagem.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

03.07.17

 

Nunca pensei escrever tal coisa mas parece-me factual que a eleição de Donald Trump significou para a Europa uma oportunidade, algo positivo, importante, determinante...

A Presidência Americana, envolvida numa espécie de jardim infantil desde que Trump foi eleito, tem perdido preponderância e influência no mundo devido às atitudes irrefletidas desta administração, desvirtuando assim, aquele sentimento de admiração com que muitos Países olhavam para a terra das oportunidades.

Este impasse Americano, assustou inicialmente muitos dos seus aliados, muitos dos que se habituaram a olhar para os Estados Unidos como o País líder das democracias, da suposta liberdade democrática, no entanto, este facto aliado ao tão temido Brexit, não provocou as radicalizações esperadas nas eleições subsequentes no continente Europeu...

Os extremos não venceram em Espanha ou França, não aglutinaram na Holanda ou até mesmo na diminuta vitória, de uma nova radical envergonhada, como a Senhora May.

A Europa e a União Europeia começaram a mudar, entendendo provavelmente que esta seria a única forma de poder travar os extremismos e os errantes sinais vindos do outro lado do Atlântico...

Até a China demonstrou com a sua posição de força, após o abandono Americano do acordo de Paris, entender o seu papel neste novo cenário e também ela aproveitar a falta de comparência que advém da inoperância de pensamento de um Presidente mais interessado em entreter do que em governar.

Assim neste inovador momento geopolítico, um lado positivo parece se impor por entre as piadas e gaffes de Donald Trump:

A esperança de uma Europa mais unida, mais interventiva, melhorando efectivamente aquilo que parece a América ter abandonado...

A realidade!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

03.07.17

 

 

 

Uma bola viajando,

De pé para pé,

E em cada passe namorando,

Essa espécie de fé,

De amor...

 

Uma bola aprisionada à imaginação,

Num desmesurado romantismo,

Palpitando o eterno coração,

Do adepto sofredor...

 

E em cada instante,

Sorrisos e lágrimas,

A cada segundo,

Gritos e silêncios,

A cada momento,

Suspiros e lamentos,

Intermináveis...

 

E volta a bola a rolar,

O sol a brilhar,

A noite a cintilar,

As crianças a sonhar,

Os adultos a gritar,

Sem parar,

Golo...

 

 E continua a bola a rolar;

O jogo a recomeçar,

Eternamente,

Mágico.

 

 

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