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Caneca de Letras

02.07.17

 

A sério?

Buracos na rede??????

Câmaras de vigilância avariadas há dois anos???????

Horas a fio, sem rondas efectuadas por militares aos paióis de armamento???????

Na realidade, este é talvez um dos acontecimentos mais graves que aconteceram nos últimos anos em Portugal, com repercussões absolutamente desconhecidas neste mundo atual em que hoje nos encontramos.

Como poderemos garantir que este material militar não possa cair em mãos terroristas e ser utilizado num atentado qualquer, por essa Europa a fora?

Ainda para mais quando jornais Espanhóis garantem que o número de armas roubadas em Tancos, ultrapassou em muito, aquele que foi inicialmente avançado pelas estruturas do exército...

O que fica desta história não é apenas a imensa vergonha inerente à incompetência espelhada pela dimensão deste roubo, é também a confirmação absoluta da incapacidade do Estado para gerir a segurança dos seus cidadãos.

Muitos dirão que este facto foi provocado pelos cortes efetuados nos últimos anos nas forças militares Portuguesas e eu até o posso aceitar, mas ao mesmo tempo, custa um pouco aceitar que com tamanhos cortes de sucessivos Governos, ninguém na hierarquia militar tenha sentido a necessidade de alertar para o estado em que se encontrava o nosso exército, ou seja, sem condições para garantir a segurança do seu próprio armamento.

Se não conseguimos guardar uns paióis de armas, o que dizer do resto.

Os políticos continuarão o seu trabalho, cavalgando noticias mediáticas, abrindo os telejornais e rasgando as suas vestes diante dos espetadores, numa tentativa de conquistar a opinião pública, no entanto, antevejo o mesmo resultado de sempre...

Nada!

Assim ficamos todos a saber que em Tancos, o quilo de armamento é o mais barato da Europa...

É de borla!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

02.07.17

 

 

 

As roseiras do meu quintal;

Já não brilham como dantes,

Já partiram do roseiral,

Levando os alegres instantes,

Misturados com a intemporal,

Idade viajante...

 

As rosas outrora viçosas;

Murcharam entristecidas,

Aprisionadas à desgostosa,

Sensação perdida,

Da minha juventude...

 

Sobraram as folhas caídas pelo chão;

Como lágrimas escorrendo pelo meu rosto,

Sobraram recordações no coração,

Saudades e desgostos,

Daqueles que um dia partiram...

 

 Restaram no meu quintal;

Estas minhas velhas lembranças,

Guardadas num singelo postal,

Guardando a fugidia esperança...

 

E as rosas vão murchando;

Cada pétala se despedindo,

Vão discretamente tombando,

E desta vida partindo...

 

E como elas;

Também eu,

Vou-me despedindo deste quintal,

Que muitos chamarão,

De vida.

 

 

 

02.07.17

 

Esta noite a comunicação social Argentina e também alguns media Portugueses estão a dar como certa a contratação de Pity pelo Sporting, pagando o clube leonino, o valor mais elevado da sua história por um jogador de futebol:

16 milhões de euros...

Talvez se venha a revelar uma compra barata, pois estamos perante um jogador genial, um dos que mais me surpreendeu nos últimos anos no futebol Sul Americano.

Recordo-me bem da primeira vez que vi o pequeno Pity campo, num tridente ofensivo com outros dois jovens jogadores do River Plate, de seu nome Lucas Alarios e o endiabrado Driussi, apoiados por um oito impressionante, Ignácio Fernandez...

Pity Martinez é na sua alma um dez canhoto, um pequeno poeta que pode e deve jogar descaído pela esquerda, liberto, buscando através de diagonais os desequilíbrios que apenas um novo Ariel Ortega poderia conseguir.

Recordo-me a primeira revienga que lhe vi fazer, a primeira finta que me espantou, o primeiro deslumbramento que me provocou...

No meio de tantos possíveis reforços, este nome a ser verdade, resgata o Sporting para tempos que apesar de distantes me continuam a fazer sorrir, regressando às bancadas do velhinho Estádio de Alvalade.

Pity é um Balakov, com mais velocidade, com o mesmo encanto pela bola e o mesmo encantamento desta por ele, sempre entrelaçado por uma espécie de romantismo, poético, num verso acelerado, correndo sozinho numa vontade de destronar o mundo, com o seu atrevido talento puro.

Posso aqui cometer um erro tremendo mas arriscaria dizer que nunca o Futebol Português, nos último anos, conheceu um jogador desta qualidade, com esta magia aprisionada aos seus pés...

Inerente à sua alma.

Talvez Deco pudesse ser comparado, mas perdoem-me o sacrilégio...

Deco era muito lento, para ser comparado ao talento do menino Martinez.

Que sejas bem-vindo, Gonzalo Pity Martinez...

O Ariel Ortega dos tempos modernos.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

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