25.06.17
As águas deste rio;
Tranquilas e adormecidas,
Acompanham os meus pensamentos,
Juntando as palavras perdidas,
Que foram minhas por um momento...
As águas deste rio;
Soletram a minha dor,
Recuperando as lágrimas,
Que nesta ânsia sem pudor,
Por vezes me invadem...
As águas deste rio;
Vão fingindo ainda sorrir,
Para num singelo arrepio,
Tocarem a minha triste alma...
E sentindo sem parar;
Caminhando o pensamento por essas livres águas,
Vai continuando a sonhar,
O coração abandonado,
De um poeta.