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Caneca de Letras

14.06.17

 

Por vezes ao anoitecer;

Ainda ouso navegar,

Deixando-me perder,

Nesses pensamentos que regressam sem parar...

 

Por vezes ainda oiço os teus passos;

Sabendo que já partiram,

Ainda vejo a espaços,

Esses abraços que me fugiram...

 

Por vezes ainda creio;

Mesmo sabendo que não é verdade,

Ainda receio,

Não sentir a tua saudade...

 

Por vezes e só por vezes;

Ainda regresso àquele berço,

Onde insistias em me embalar,

E em todas essas vezes,

Volto a sorrir.

 

14.06.17

 

São estes os momentos em que reencontro a minha crença interior, a mesma, que por vezes ouso questionar...

Este terrível desastre que aconteceu em Londres, naquele prédio transformado em inferno, mar de chamas que insistiu em devastar vidas e mais vidas, que ali em suas casas buscavam apenas mais um momento de conforto entre os seus, fez me suster a respiração e voltar a suster.

Como é possível?

Nestes momentos olho para o céu e pergunto-me vezes sem conta:

Como foi possível?

E depois ouve-se uma história, escuta-se o espanto transformado em realidade daquela Mãe triste e desesperada, que atira o seu filho de um nono andar, embrulhado em lençóis na esperança de pelo menos esse pedaço de si, poder sobreviver...

Descendo pelos céus, através da gravidade descontrolada, ali vem uma criança tal e qual como um pássaro sem asas, descendo por entre a estrada do seu destino, amparada pelo amor de sua mãe e certamente...

Pela intervenção divina.

É aqui, nestes momentos que a minha alma regressa ao que intrinsecamente acredita, àquele reencontro com a fé.

E num milagre sem explicação, um homem, nove andares depois, segura com as suas mãos aquela criança que lhe fora entregue pelo desespero daquela mãe, viajando através do amparo de Deus...

Pois só Deus poderá garantir que tal viagem corra bem.

Assim, pensando naquela Mãe, imaginando aquela criança, recordando esta história, escolho sempre o milagre pois existe sempre nele incluído, uma espécie de esperança em que vale a pena crer.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

14.06.17

 

Por momentos durante este dia, achei que iria ser complicado escrever-vos no Caneca, pois para grande estupefação da minha parte, o computador não iniciava...

Não queria acreditar, tanta coisa para escrever, tanto aqui guardado e eu sem conseguir que ele desse sequer um sinal.

Foi assim que parti em busca de auxilio na loja onde havia comprado o dito computador, esperançado em encontrar alguém que percebesse um pouco mais do que eu, sobre estes assuntos informáticos...

Enganei-me redondamente, encontrei um jovem tão ignorante para estes assuntos como este leigo que aqui vos escreve.

Não tem arranjo meu amigo, só na marca e demora pelo menos um mês! Disse-me o imbecil, deixando-me perplexo e ponderando mesmo que o melhor seria se calhar, comprar um novo computador...

Deixei a loja para trás e irritado comecei a pensar na vida, nas soluções que poderia encontrar para resolver esta questão, já convicto de que provavelmente teria de me despedir deste meu HP.

Isto quando me recordo da PC Clinic das Amoreiras, uma loja onde nunca havia ido mas que sabia lá existir e em boa hora o sabia.

Ao chegar, relatei logo tudo o que suponha ter acontecido a esta minha máquina de escrever dos tempos modernos, tentando ajudar a definir o diagnóstico do que acontecera ao meu computador mas num instante, talvez fração de segundos, com um simples apertar de um botão, um singelo toque, o meu computador ressuscitava...

O meu espanto e admiração para quem sabe o que faz e melhor...

Como o faz!

A toda a equipa da PC Clinic das Amoreiras o meu imenso obrigado, especialmente ao João Castelo Branco pela mágica recuperação deste meu computador.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

14.06.17

 

 

 

Se odiar;

Te ocupa um lugar,

Nesse viver, desesperar,

Pelo eterno desencontrar,

Dessas fantasias por realizar,

Sem ninguém para responsabilizar...

 

Se em cada singelo lugar;

Encontras no espelho esse luar,

Que te indica o definhar,

Onde escolheste pernoitar....

 

Se assim te irás ocupar;

Eternamente a enfadar,

Ou simplesmente desperdiçar,

O tempo que te irá restar,

Para da vida desfrutar....

 

Se nada mais te restar;

Então...

 

Que triste alma;

A tua.

 

 

 

 

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