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Caneca de Letras

10.06.17

 

Já não escrevo como antigamente escrevia;

Já não sorrio como sorria,

Já não sei o que sabia,

Já me fugiu o que sentia,

Já me escapou a lágrima luzidia,

Já se encerrou a incerta magia,

Já desapareceu aquela alegria,

Mas ainda dói como antigamente doía...

 

Porque antigamente;

Ainda é presente,

Neste amor,

Que insiste em gritar!

 

 

10.06.17

 

Escrever este post sobre Christopher Hitchens é um privilégio para mim, pois apesar de dele discordar demasiadas vezes, é sempre estimulante ouvir pessoas fascinantemente inteligentes.

Em primeiro lugar agradecer a um irmão, JB, pois mais uma vez através dele vejo-me confrontado com essa obrigação de raciocinar, voando pelas palavras inquietantes e desconcertantes deste conselho seu...

Ora bem, falemos então de Mister Hitchens, esse pedaço de intelecto interrogativo, incapaz de adormecer diante da inevitabilidade do onanismo e questionando com a sua inquietude de pensamento os dogmas, a fé, os tabus e até a mortalidade.

Aquela maneira chocante como trespassava, verbalmente, os seus oponentes num duelo, perdão debate, como abalava através das suas palavras as ideias pré-concebidas que por vezes nos condicionam desde o berço, tornavam-se na verdade, estimulantes para aqueles que dispostos a pensar se questionam e procuram em cada ideia um sentido para no mínimo, entender a base argumentativa com que nos contrariava.

E nada melhor do que debater, trocar ideias de forma descomplexada e por vezes até violenta, respeitando as opiniões mas não tendo medo de pensar pela própria cabeça.

Admito que a primeira vez que o meu caro amigo JB, me mostrou um dos famosos debates de Christopher Hitchens, achei tudo aquilo um pouco brutal, agressivo e até chocante pois mexia verdadeiramente com os valores mais intrínsecos em que acredito, no entanto, foi esse mesmo choque transformado em fascínio que me fez questionar esses mesmos valores, para no fim poder crer neles com maior profundidade.

Cada vez mais acredito que é importante ter dúvidas e questiona-las, pois só assim, ouvindo muitas vezes os argumentos daqueles com quem discordamos, poderemos evoluir...

Por tudo isto, muito obrigado Mister Hitchens e um obrigado maior ainda meu caro Jaime, por mais um desafio ao meu humilde intelecto.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

10.06.17

 

As eleições legislativas Francesas estão aí...

Amanhã poderemos ver a implosão do chamado centrão político Francês, com o esvaziamento do partido Socialista e do partido Republicano e em contrapartida o surgimento de um novo movimento que consagrará Emmanuel Macron, como o novo Napoleão.

A revolução Macroniana, que se prepara para acontecer, algumas sondagens dão ao partido do Presidente Francês 400 lugares no parlamento quando a maioria absoluta ronda os 289, confirma o clima de expectativa e crença que se vive na democracia Gaulesa, tentando reencontrar um rumo de esperança que possa modificar o País e também a sua importância no projecto Europeu.

Emmanuel Macron, tem assumido um papel importante nestes primeiros tempos como Presidente, conservando a imagem de renovador com que ganhou as eleições presidenciais e aumentando as expectativas que sobre ele recaem num virar de página, ansiado por todos aqueles que nele votaram...

Macron representa para muitos Franceses, a última oportunidade dada à democracia, à esperança de um futuro sem os ódios inerentes aos discursos populistas ou extremistas e por isso será demasiadamente importante que não falhe...

Que não as defraude.

Com um Reino Unido fragilizado, os Estados Unidos entretidos com o parque infantil em que se transformou a Casa Branca e o seu little President, urge que a União Europeia possa aglutinar as esperanças, mudar o rumo e assumir definitivamente um papel de progresso e desenvolvimento para os seus cidadãos e para os Países que a compõem.

Domingo teremos a resposta, sobre quão ampla será a oportunidade, para que esta Macroniana revolução possa mudar o rosto Francês e com isso mudar também o projecto Europeu.

 

Bonne Chance, Monsieur Macron!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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