O mundo Árabe despertou para uma crise na península Arábica de proporções inimagináveis há algum tempo atrás...
O corte de relações diplomáticas e comerciais de vários Países com o Qatar, potência maior da região, diplomática e economicamente, revela por uma vez, uma nova atitude da parte destes Estados diante das suspeitas que recaem sobre aquele potentado.
As acusações que impendem sobre o Qatar, lançadas pela Arábia Saudita, Egipto, um dos Governos Líbios, Iemen, Bahrein, Maldivas e Emirados Árabes Unidos, são a de ingerência em assuntos internos com vista a desestabilizar a paz naqueles locais...
E ainda o acolhimento e apoio logistico a organizações, como a Irmandade Muçulmana, Daesh ou Al Qaeda, suportando-os financeiramente, assim como, a propagação da sua ideologia através dos mais variados canais espalhados pelas redes sociais.
Esta atitude inédita de uma parte do mundo Árabe, poderá ser o inicio de um longo caminho, na tentativa de isolar estes grupos organizados e também aqueles que os apoiam, sendo que no interior destes mesmos Países que agora ostracizam o Qatar, se encontram muitos daqueles que apoiam de forma discreta, as mesmas organizações que estão na base desta atitude anti-Qatari...
No entanto, é necessário começar por algum lugar e parece-me que para primeiro passo, não estará mal.
Resta-nos saber o que dirá diante destes factos a FIFA que entregou o Mundial de 2022 ao Qatar, envolvido em polémicas e suspeitas de corrupção mas que agora certamente terá de se pronunciar, em face destes novos desenvolvimentos.
Assim esperemos para observar, se na verdade, teremos um novo caminho nesta luta contra o terrorismo Islâmico...
Um caminho que inevitavelmente terá de partir do Interior do Islão, para que verdadeiramente, se possa mais facilmente isolar e erradicar este tipo de terror.
Filipe Vaz Correia