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Caneca de Letras

08.05.17

 

Os Franceses deram uma resposta cabal nestas eleições, sobre qual o caminho que desejam percorrer, escolhendo a esperança, o respeito pelos outros e a fraternidade, em detrimento do ódio, do populismo e da intolerância...

A vitória de Macron traz consigo um certo alivio para a Europa, para o projecto Europeu, no entanto, não podemos desprezar a elevadíssima votação no extremismo demagogo, promovido pela senhora Le Pen.

Marine Le Pen em apenas quinze anos, praticamente duplicou a votação que o seu pai em 2002 tivera diante de Jacques Chirac, o que não pode deixar de preocupar qualquer pessoa, que se debruce sobre estes dados...

A oportunidade que é conferida à França e por conseguinte à Europa, com este movimento de gente que suporta Emmanuel Macron, não poderá ser desaproveitada pois com essa desilusão virá certamente, mais um impulso, para todos esses extremismos que se impõem em todo o lado.

A sua juventude, a maneira como Macron consegue chegar às pessoas, como empolga sem iludir, torna-se tocante para todos aqueles que acreditam que conseguirá mudar a Europa, transformar a França e destruir a crescente influência da Frente Nacional...

Muito caminho pela frente deste novo Presidente Francês, o mais novo líder desde Napoleão, que terá de traçar estratégias e alianças o mais rapidamente possível, pois necessita de que os mesmos que aqui o colocaram, o apoiem nas Legislativas de Junho, para que possa levar adiante as suas promessas.

Assim desfrutando desta vitória, importa não esquecer que não existe espaço para falhas e que o discurso agregador só poderá resultar, se as pessoas o sentirem, na dura realidade das suas vidas.

En Marche, Monsieur Macron...

Ensemble, França!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

07.05.17

 

 

 

Dia da Mãe;

Que tive e perdi,

Que guardo dentro de mim,

Em cada memória,

Passado sem fim...

 

Desse amor sem igual;

De tantos beijos eternos,

Carinho maternal,

Momentos fraternos,

Saudade imortal...

 

Das nossas palavras, da tua voz;

De cada chegada ou adeus,

Desse imenso nós,

Meu e teu...

 

Do teu olhar;

Embevecido,

Caloroso aconchegar,

Algures perdido,

Na vontade de te abraçar,

Abraço desmedido...

 

Na partida;

Que te levou ao entardecer,

Na ferida,

Que ficou sem esquecer,

Na despedida,

Que não desejei acontecer,

Na sentida,

Vontade de te rever...

 

E doendo sem parar;

Vou escrevendo este poema,

Apenas para declamar,

O quanto te amo!

 

 

 

 

06.05.17

 

Rui Moreira veio pôr no seu devido lugar, o monstro Socialista que através das palavras da Secretária Geral Adjunta, Ana Catarina Mendes, ameaçava a independência da equipa do atual Presidente da Câmara Municipal do Porto.

As entrevistas de Ana Catarina Mendes ao Expresso e depois ao Observador revelam tiques autoritários, quase Socráticos, mas acima de tudo revelam idiotice e impreparação estratégica, ou se calhar, representam o poder dos boys dentro dos partidos políticos.

Vejamos, as eleições aproximam-se e os lugares habituais a ser preenchidos em vereações e afins, estavam por designar e o pânico deve ter-se instalado dentro da concelhia Socialista do Porto, tentando pressionar Rui Moreira através das palavras de Ana Catarina Mendes...

Saiu-lhes o tiro pela culatra.

A política de a melhor pessoa para o melhor cargo, que empreende Rui Moreira, é uma das bases da sua autoridade moral junto dos seus eleitores e esta atitude vem apenas reforça-lo, afastando a ideia que se começava a criar de estar aprisionado aos interesses desse PS Porto, amorfo e caciquista...

Mas a estupidez é maior pois o PS Porto resolve então, visto que Rui Moreira os encostou à parede com a sua resposta pública, avançar rumo ao abismo da incongruência, da contradição e avançar com a candidatura de Manuel Pizarro, para enfim enfrentar a derrota mas preservar com alguns votos, as vereações que assim lhes poderão garantir o que a competência não lhes garantiria, na lista de Rui Moreira.

Agora uma pergunta me deixa curioso...

Como explicarão os Socialistas aos eleitores, a razão para até agora apoiarem Rui Moreira, sendo que diziam eles Partido Socialista, o actual Presidente da Câmara Municipal do Porto era a melhor pessoa para gerir a Autarquia, elogiando vezes sem conta, o seu fantástico trabalho...

Estou certo que as pessoas se perguntarão:

O que mudou para o PS Porto?

Os lugares meus amigos, apenas isso...

A luta pelos seus preciosos lugares!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

05.05.17

 

A Venezuela vive dias de incerteza, de desnorte...

Encurralados entre um regime caduco, asfixiante e a vontade de mudança, a maioria dos Venezuelanos sente nas suas vidas, essa amargura constante de estarem aprisionados a um presente que parece um terrível engano do destino.

Nicolas Maduro, indiferente ao futuro desse país que é o seu, enfrenta a inevitável queda do seu regime, com a alucinação própria de um déspota alheado da realidade, parecendo acreditar, que será possível adiar o inadiável...

Adiar a sua queda.

A inflação que destrói a vida da população aliada à escassez dos produtos de primeira necessidade, alimentos entre outros, são o rastilho de pólvora que incendeia vezes sem conta o dia a dia daqueles jovens opositores, que saem à rua para confrontar, os militares e milicianos, aliados de Maduro.

A revolução Chavista, outrora populista, é neste momento apenas sobrevivente, sobrevivendo à tona de água numa tentativa de resistir ao seu próprio povo e à sensação de mudança que se sente...

Os mortos que tombam diante dos algozes revolucionários, acrescentam raiva e indignação àqueles que combatem este famigerado regime, guiando este impasse para um previsível desfecho.

Tenho como certo que Maduro cairá, que este Governo infame, comunista e demagogo tombará, apenas não sei se ao estilo Ceausescu ou se conseguirá o sucessor de Chavez esquivar-se daqueles que certamente dele se quererão vingar.

Assim, enquanto assistimos todos ao desmembrar de um País, desesperando por uma solução que nunca será pacifica, poderemos todos reflectir sobre os caminhos tortuosos que levam as pessoas num determinado momento, a eleger odiosos populistas, como tutores das suas esperanças.

Que venha o futuro para estes jovens Venezuelanos que apenas desejam outro caminho, outro destino, outra esperança, outro futuro...

O seu futuro!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

05.05.17

 

 

 

E se os Beatles ainda pudessem tocar;

E o Maradona ainda quisesse jogar,

Se Sinatra ainda pudesse cantar,

Ou Vinicius declamar...

 

E se Michael Jackson continuasse a dançar;

Ou Cláudia Schiffer a desfilar,

Se Pessoa conseguisse ainda poetizar,

Ou no palco Eunice Munõz pudesse estar,

Com Shakespeare a testemunhar,

A beleza de eternizar,

Um mundo perfeito...

 

E se a perfeição;

Não fosse imperfeita?

 

 

04.05.17

 

 

 

Um pequeno traço;

Um esboço da imaginação,

Cada linha, por cada espaço,

Um retrato de emoção...

 

Uma cor;

E depois outra,

Talvez a dor,

De um perdido amor...

 

Sobra esquecida;

Renovada pincelada,

Quiçá escondida,

Quiçá amargurada...

 

E olhando para o papel;

Descobrindo esse desenho,

Encontrando na ponta desse pincel,

O colorido desencontro do destino!

 

 

 

 

 

03.05.17

 

Tantos anos se passaram;

Tantas perguntas por responder,

O mesmo sofrimento a marcar,

Os rostos a sofrer,

Daqueles que ficaram a esperar,

O teu regresso, reaparecer...

 

Noites e dias;

Carregados de esperança,

Impregnados de querença,

Ignorando a desesperança,

Imensa descrença,

De não te encontrar...

 

Noites de chuva;

Inundando aquele dia de verão,

A culpa infernal,

Que despedaça esse coração,

De quem te ama...

 

Porque não existirá maior dor;

Do que perder sem encontrar,

Do que desencontrar esse amor,

Que se desejou eternamente amar...

 

Eternamente!

 

 

 

 

02.05.17

 

Queria que esta noite não acabasse;

Que a musica não parasse de tocar,

Que esta dança continuasse,

Sem parar,

Eternamente...

 

Queria que os teus olhos não mais me fugissem;

Que o tempo ficasse suspenso,

Que os segundos resistissem,

À viagem do futuro...

 

Queria prender-te junto a mim;

E não mais te deixar partir,

Neste ardor sem fim,

Que insiste em se fazer sentir...

 

Queria ter a certeza;

Que não me roubaria o destino,

O encanto e a beleza,

Deixando-me a tristeza,

Desse meu primeiro amor...

 

Queria tanto;

Como queria...

 

 

01.05.17

 

Um quarto escuro;

Tão escuro como o breu,

Num silêncio, sussurro,

Tão só, tão meu...

 

Uma casa abandonada;

De afetos, atenção,

Nessa infância desamparada,

Despertando essa sensação,

De abandono...

 

Despertando as lágrimas;

Amargurada insensatez,

As insensatas agruras,

Amarrada pequenez...

 

Tormento, desfavor;

Em cada imagem não esquecida,

Apunhalada dor,

Infância perdida...

 

Um quarto escuro;

Tão escuro como a minha alma;

Como os fantasmas que perseguem,

O destino que me sobra.

 

 

 

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