Vidas Suspensas...
Filipe Vaz Correia, 25.05.17
Vidas colhidas;
Dormentes feridas,
Esperanças perdidas,
Vozes doridas,
Mágoas sentidas,
Jamais esquecidas.
Instante de horror;
Explosão sem pudor,
Roubando esse amor,
Num gesto de terror,
Maldito usurpador,
De tantas almas inocentes.
E em cada lágrima por chorar;
Em cada filho por encontrar,
Fica esse ódio a recordar,
O infame acto que veio roubar,
O direito de sonhar,
Com esse futuro por chegar...
Fica então o silêncio;
O intemporal desgosto,
Esse vazio imposto,
Em cada rosto,
Daqueles que estando vivos,
Morreram também.