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Caneca de Letras

24.05.17

 

Se alguém escrevesse há um ano atrás que Wolfgang Schauble algum dia diria que o Ministro das Finanças, desse Governo extremista Português, era o Ronaldo das finanças, certamente que seria trucidado por todos.

E não é que um ano e tal depois de tomar posse, os números do deficit apresentados, aliados à trajetória do crescimento do PIB e até os pagamentos antecipados ao FMI, descrevem uma reviravolta nesse triste fado imaginado para o nosso Portugal...

Mário Centeno emerge neste panorama, como o craque que faz a diferença, a mente brilhante por trás do plano e que o executa de forma magistral, como se de um remate à meia volta, do nosso CR7, se tratasse.

Já todos se esqueceram dos SMS, a Direita inclusive, pois o que importa ressalvar é a enormíssima vitória que Portugal tem granjeado por estes dias de elogios e celebração...

Sendo um conservador, sempre olhei para este Governo com desconfiança, apesar de não suportar a espécie de Tea Party rezingão em que Passos Coelho transformou o PSD, no entanto, tenho de admitir que estou deveras surpreendido com o trajeto desta Governação.

Uns dirão que foi mérito ou trabalho e outros ainda que foi sorte, em qualquer um dos casos, parece-me muito bem...

Se foi trabalho, visão ou mérito então extraordinário, comprovando aquilo que sempre me pareceu, pois nunca percebi este caminho de alternativa única, perpetrado pelo anterior Primeiro Ministro, no entanto, se foi sorte melhor ainda, pois nada melhor do alguém com sorte para assegurar um futuro auspicioso.

Dir-me-ão que a sorte não dura para sempre, no entanto, existem outros provérbios que podem desmentir esse mesmo dito popular:

A sorte protege os audazes, por exemplo.

Ou mesmo, a fortuna histórica do intemporal Gastão, personagem da Disney, que certamente nunca seria envolvido nestas coisas do deficit excessivo.

Assim desfrutemos de um Ministro das Finanças que aparentemente sabe fazer contas e se na verdade, até Wolfgang Schauble o diz, quem somos nós para contrariar...

Se o País estava na moda com um Ronaldo, imaginemos agora com dois.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

24.05.17

 

 

 

Explica lá coração;

À mente e à razão,

Que a escolha deste amor,

Que te causa mágoa e dor,

É na verdade um sentimento,

Trazido por outro tempo,

Algures perdido,

Nesse destino ferido...

 

Explica lá coração;

Para que eu consiga perceber,

Esta estranha emoção,

Desse desprezo a receber,

Por tamanho amor...

 

Explica lá coração;

Se um dia conseguires,

A imensa desilusão,

Da tua desiludida alma.

 

 

24.05.17

 

Até que enfim, a Justiça Portuguesa parece ter respeito por um cidadão e pela sua presunção de inocência...

Muito bem!

Luís Filipe Vieira foi constituído arguido no âmbito do processo BPN ou Sociedade Lusa de Negócios, assim como o seu sócio Almerindo Duarte e por consequência viu a PJ executar buscas a várias das suas casas, com a necessária discrição, a um caso como este...

Não posso deixar de me congratular com o sucesso do segredo de justiça neste caso, com a ausência de jornalistas do correio da manha e com o silêncio inerente a alguém que apesar de suspeito, goza da presunção de inocência.

Mais uma vez, muito bem!

É importante não esquecer que as pessoas apesar de incriminadas devem no direito penal, ter direito à sua defesa e até à possibilidade de provarem o contrário daquilo que lhes é imputado...

Logo, a defesa do seu bom nome até que exista uma condenação judicial, é na verdade, um principio inalienável dos seus direitos...

O que não posso deixar de estranhar, neste País à beira mar plantado, é o facto de esta ser a exceção à regra, ser o caso exemplo por entre milhares de casos infestados de conivências entre o poder judicial e a comunicação social ( Correio da Manha ).

José Sócrates, preso em direto, é apenas um exemplo, Ricardo Salgado ou até Vale Azevedo libertado e de novo preso numa fração de instantes, tudo sob as câmaras de um canal de televisão...

No entanto, deve ser um equivoco meu e este é certamente o tratamento habitual, dado às figuras públicas acusadas pela justiça.

Assim sobra dizer:

Até que enfim, temos Justiça!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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