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Caneca de Letras

23.02.17

 

Lado a lado, com a vontade entrelaçada pela mesma querença de crescer, de viver, de aprender com os mesmos erros, as mesmas descobertas, a mesma curiosidade por encontrar o destino que se esconde de cada um de nós...

De cada um!

Meninos, crianças, nesse colégio que marcaria as nossas vidas, partilhando as primeiras descobertas, sonhando com as primeiras namoradas, com a insensata vontade de superar os desejos que os Deuses nos haviam destinado.

Assim crescemos, sempre próximos, confidentes, enfim aquele sinónimo de amizade que fizeste o favor de me ensinar.

As diferenças que nos juntaram, que nos guiaram até às profundezas desse sentimento verdadeiro, que impede as incertezas de tomarem conta da mente, das dúvidas de guiarem a vontade, das intrigas de serem semeadas, onde apenas habita essa certeza permanente de estar lá...

Estar lá pelo outro...

Para o outro.

A nossa amizade começou naquela saleta da direcção, diante da Professora Jesuína, enfrentado as consequências, daquela luta que nos colocara em lados opostos da barricada...

Um benfiquista e um sportinguista...

Dois meninos disputando a atenção da mesma menina...

E como era bela, a jovem Sara!

Num momento tudo mudara...

Perante a questão de quem começara aquela luta:

Disseste que tinhas sido tu...

Logo respondi:

Fui eu!

Não poderia ficar atrás...

Uma primeira lição de lealdade, nessa amizade que se construiu no olhar, na imensa certeza de não estar sozinho, de acreditar que apesar de tudo, existiria sempre um ombro amigo que cairia comigo, que lutaria por mim, que diria sempre presente, mesmo que não parecesse importante.

Assim fomos crescendo, partilhando as alegrias e as dores, as conquistas e as derrotas, os sonhos e as amarguras inerentes ao crescimento, nessa adolescência que se aproximava.

Anos se passaram, se juntaram à inocência própria daquela idade, cimentando a nossa amizade, até aquele dia, há mais de 20 anos atrás...

Àquele malfadado dia em que o cancro venceu essa batalha, a única que não pude travar por ti, não pude caminhar contigo, não pude proteger o amigo de uma vida.

Essa derrota que me persegue, perseguindo essa dor que ainda guardo e guardarei, impele-me por vezes a escrever, outras a pensar e outras ainda a sofrer...

Mas o que não consegue, é fazer me esquecer das muitas e tantas memórias a recordar, vivas em mim e naqueles que tanto te estimavam...

E através desse pensamento, percebi que nunca foste derrotado, nunca perdemos verdadeiramente esta batalha, pois estás vivo nesses pensamentos, recordações intensas em todos aqueles que marcaste ao longo dessa efémera vida...

E assim lado a lado, continuamos a viver essa amizade eterna, que nem o fim conseguiu terminar.

Obrigado, Luís!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

23.02.17

 

Pelos teus olhos;

Vejo o mundo,

E revejo enternecido,

Esse passado distante,

Outrora vivido,

Saudade constante,

Num presente perdido...

 

Através dos teus olhos;

Recordo tantos sonhos que se perderam,

Tantas vontades ausentes,

Que ficaram lá atrás,

Em cada lágrima por chorar...

 

E nesses olhos de criança;

Em cada passo aprendido,

A cada palavra de esperança,

Em cada gesto já vivido,

Nesse tempo, minha herança,

Daquele menino,

Que um dia fui...

 

 

 

23.02.17

 

A noite brilhante, com o seu céu estrelado, que iluminava o imenso lamaçal que tenho de subir...

Atolados os meus pés, numa fuga destemperada por entre este caminho que enfrento sem fugir.

Caminhando, viajante, pelos gostos envelhecidos da sabedoria estampada, nos rostos daqueles que observam o meu destino...

Não o quero saber, continuo a subir em busca da beleza escondida, em cada estrela presa ao imenso céu que contemplo nesta noite cintilante.

Sinto os cheiros daquelas casas vazias, de gente, de cor, com alma...

Contemplo no cimo daquele lugar, a imensidão que por debaixo de mim existe, ignorando os ruídos, os gemidos, as intensas contradições insistentes.

E nesse instante, em cada estrela um sorriso, em cada rosto uma esperança, em cada olhar encontrado, um pedaço de alegria, de vida.

Um pequeno campo de futebol, iluminado por esses candeeiros encardidos, empoeirados, onde rejubilam os meninos, enquanto chutam aquela pequena bola de trapos, como se tratasse da sua maior recompensa...

E se calhar, seria!

Olhei novamente para aquela imensidão, guardando simplesmente na memória, a pequenez dos nossos destinos...

E assim observo a constante rotação daquelas estrelas, que sobrevoam os sonhos daquelas vidas, com aquela lua como companheira, discreta, tímida, presente...

Mas naquele momento, perdido naquela imensidão, aquelas estrelas eram só minhas e do meu desejo de sonhar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

  

 

22.02.17

 

Esse medo que tinha de te perder;

Chegou...

Essa ausência a temer,

Ficou...

O receio a crescer,

Recordou...

Aquele pesadelo que sem saber,

Me levou,

Até à minha feliz infância...

 

Como me libertar desta dor;

Que ilude a minha expressão...

Asfixiado por tamanho temor,

Que regressa ao meu coração...

Recordando o horror,

Naquele serão...

Que não cala o amor,

Calada imaginação...

 

Sobra este medo;

As sombras desse dia...

Sobra o segredo;

Por entre a solidão que arrepia...

A intensa tristeza,

Que habita em mim...

 

Porque ainda te vejo;

Presa naquele olhar,

Que tanto me queria falar...

 E que tanto,

Eu queria abraçar!

 

 

21.02.17

 

Em cada casa devastada;

Uma alma abandonada,

Por cada bomba ali caída,

Uma esperança que foi traída,

Em cada ruína ilustrada,

Uma lágrima derramada,

Por cada rosto sofredor,

Uma recordação de tanta dor,

Em cada pedaço desta história,

Choram-se balas na memória,

Por cada filho desaparecido,

Um país quase perdido,

Em cada pedra dessa estrada,

Uma mágoa bem trancada,

E por cada palavra esquecida,

Sobra essa tamanha ferida,

De seu nome,

Aleppo...

 

 

21.02.17

 

Este jogo do Sporting VS Rio Ave, foi para mim a última parte de uma peça miserável, interpretada por Bruno de Carvalho e Jorge Jesus.

Ao longo do tempo, tenho poupado Jorge Jesus, no entanto, não consigo mais...

Jesus falhou nesta época, só que não é apenas esse facto que transparece aos olhos de quem possa querer observar, o sismo que se abateu em Alvalade.

A equipa de futebol do Sporting Clube de Portugal, joga muito mal, pessimamente, demonstrando uma clara inferioridade física diante dos seus adversários, um fio de jogo perdido, quase inexistente...

É inacreditável como uma equipa que tem um ponta de lança como o holandês Bas Dost, quase não consegue fazer cruzamentos e que não faça deste movimento atacante, uma das suas armas de eleição.

Mas tudo isto, perde importância quando analisamos o discurso de JJ, a sua constante desvalorização da nossa formação, daqueles meninos nascidos em Alvalade e que guardam no seu coração o ADN do clube.

Os adeptos do Sporting, anestesiados por um conjunto de Talibãs que acompanham as listas de Bruno de Carvalho, assistem impávidos aos desmandos verbais de Jesus, impondo humilhação após humilhação, àqueles que deveríamos defender.

O que este treinador disse depois da exibição de Rui Patrício, é uma afronta ao clube, pois aquele que é um dos três melhores guarda redes do mundo, na actualidade, não pode ser desconsiderado, muito menos, após uma exibição estrondosa.

No mínimo deveria ter dito, o mesmo que disse de Casillas.

O que Jesus fez a Palhinha, no pós Jogo do Dragão, deveria servir de alerta para todos nós, pois está em causa o futuro destes jovens que são o caminho correto para que possamos chegar um dia, ao lugar que tanto ambicionamos.

Os exemplos são imensos, Matheus, Palhinha, Podence, em detrimento de outros que claramente não servem ou não se enquadram, independentemente de dois ou três fortuitos golos, que possam esporadicamente marcar...

Mas o que ainda me choca mais, é a constante ausência das convocatórias de Francisco Geraldes, acompanhadas das palavras desse treinador que começo a pensar, ser desprovido de conhecimento.

Uma pessoa que diz que Kiko Geraldes apenas pode jogar como segundo avançado, é um ignorante, que muito provavelmente, nunca o viu em campo...

Kiko é o que um bom treinador quiser, do meio para a frente, um oito, box to box, um ala equilibrando o meio campo, um dez nas costas de um avançado ou no limite um extremo solto como o pequeno Hazard.

E mais...

Pode fazer tudo isto, com uma qualidade que nenhum outro terá no plantel leonino.

Jesus não o percebe, logo eu percebo...

Jesus não é mais do que um embuste fabricado do outro lado da segunda circular, com uma estrutura, temos de reconhecer, que na realidade, fazia dele melhor treinador do que é.

Aqui reentram as responsabilidades de Bruno de Carvalho e o papel que terá de assumir, neste falhanço indiscutível, que é a época do Sporting.

Apregoando um mundo novo, ganhou as eleições no Sporting e mais de quatro épocas depois, uma taça de Portugal, com um treinador que despediu e uma supertaça como troféus...

E dezenas de jogadores contratados, na sua maioria medíocres, o que aliás justifica o estado da equipa B quase a descer de divisão, e principalmente esta época, com dezenas de Milhões de euros desbaratados em presentes para o seu idílico treinador.

Para terminar um pormenor, para mim por-maior, que retrata a forma como o clube que tanto amo, está a ser gerido:

Vou a todos os jogos em Alvalade e as recentes assistências verificadas acima dos 40 mil lugares, são para quem lá está sentado, como eu, uma fraude...

Uma mentira!

Se é assim nas assistências, imaginemos o resto.

Assim neste desabafo de adepto apaixonado e desesperado, grito através das palavras aqui escritas:

Rua!

 

 

 

Filipe Vaz Correia 

 

 

 

19.02.17

 

Só as nuvens sobrevoam o meu coração;

Só as sombras me aprisionam o pensamento,

Só as dúvidas me toldam a ilusão,

Só a dor sobrevive ao meu sofrimento,

Só sinto em mim, essa desilusão,

Só perdida no fingimento,

Só escondendo a razão,

Só eu e os meus sentimentos...

 

E assim me encontro;

Só!

 

 

18.02.17

 

Se te vejo sorrir;

Sorrio também,

Se te sinto triste,

Uma dor em mim subsiste,

Se te acho ausente,

Essa saudade presente,

Se o teu olhar desaparece,

A minha alma se entristece,

Perdida sem fim,

Nessa ausência que enfim,

Me consome!

 

Se te sei feliz;

Esse desejo que sempre quis,

Se te sinto sofrer,

Desejo morrer,

Se te vejo chorar,

Esqueço-me de respirar,

Se te perderes no caminho,

Arranjarei forma de te encontrar...

 

E se um dia o destino te levar,

Não te encontrar o meu coração,

Ou a vida de mim, te roubar,

Tenho a certa noção,

Que nada mais,

Valerá a pena!

 

 

 

17.02.17

 

 

Não consigo mais ver, nem ouvir em todos os jornais e televisões, esta polémica dos SMS e Emails entre o Ministro Centeno e o ex- Presidente da Caixa...

É inacreditável, na conjuntura actual, como a política portuguesa atingiu o seu grau zero de despudor e desinteresse.

Centeno é na minha modesta opinião, um bom técnico, ou seja, deve saber somar e subtrair, sabendo encontrar os respectivos símbolos na máquina de calcular, o que comparado com os seus antecessores, pelo menos na última década, é uma evolução a todos os títulos considerável.

No entanto, a sua habilidade política, é totalmente inexistente, desencontrada com a realidade, o que lhe provoca e tenho a certeza provocará, problemas suficientes para permitir a existência de inúmeros folhetins nos mais variados meios de informação portuguesa.

Vejamos bem, no quadro político actual, encontramos o PSD e o CDS indignados por um Ministro da República ter mentido numa comissão de inquérito...

A sério?

E vemos o PCP e o Bloco, acompanhando o PS nesta defesa sem quartel da dignidade e privacidade do Ministro...

O que diriam estes partidos se o Ministro se chamasse Gaspar ou Portas?

E se por alguma razão os partidos no poder fossem outros e lhes fosse negado, numa comissão parlamentar, o acesso a documentos que eles considerassem importantes para o seu esclarecimento...

Lá viria a palavra censura ou mesmo o Prof. Salazar para a actualidade, demonstrar que estávamos novamente a caminhar para outros tempos, noutro século.

Todos, sem excepção, se comportam de maneira oportunista, desmentindo com os seus posicionamentos, atitudes que já tomaram no passado e que voltariam a tomar, caso os papéis estivessem invertidos.

Vergonhosa incoerência.

Para mim, a questão dos SMS é verdadeiramente irrelevante, pois preocupa-me muito mais saber, para onde foram os Milhões em empréstimos que levaram a Caixa à beira da insolvência.

Quem são esses principais devedores e quem foram os administradores, nomeados pelo Estado, que aceitaram tais empréstimos?

Como serão aplicados os valores, nesta recapitalização da Caixa, ou seja, o dinheiro de todos nós, contribuintes?

Saber e discutir, qual a razão para a crescente onda de assaltos e insegurança que tem tomado conta do país?

Questionar o Governo sobre quais os dados e os estudos que levaram à tomada de decisão do novo Aeroporto de Lisboa, naquele local e não noutro?

Saber ainda qual o caminho que devemos percorrer, para ao mesmo tempo que diminuímos o déficit, podermos aproveitar o aceleramento da nossa economia, convencendo de vez, as temidas agências de Rating?

Mas isso pouco importa...

O que importa verdadeiramente para o país mediático, são os SMS de Centeno e a descoberta do microfone da CMTV!

E assim com Centeno ou não, sobra-nos a certeza de que continuaremos a caminhar sem tino, trica após trica, por entre este reality show de baixa qualidade, que se tornou a política e algum jornalismo, em Portugal.

 

 

 Filipe Vaz Correia

 

17.02.17

 

O Prof. Anibal Cavaco Silva, fez parte da minha vida, quase desde que me lembro de mim mesmo, para o bem e para o mal, nesse destino que se tornou, o destino deste país que somos nós.

Ao publicar o seu livro, muitos o vieram aplaudir e outros tantos atacar, pelo conteúdo do que alguns chamam de testemunho e outros uma vingança contra o anterior Primeiro-Ministro, José Sócrates...

Antes de mais julgo que Cavaco Silva tem o direito, de publicar a sua opinião sobre factos que viveu em Belém e que considerou serem importantes para o julgamento da sua Presidência, mesmo que possa ficar uma sensação de vendetta, em alguns momentos.

Cavaco nunca foi um homem consensual, apesar de ser um dos políticos que mais eleições venceu, cinco, quatro delas com maioria absoluta:

Duas vezes como Primeiro-ministro e duas vezes para a Presidência da República.

Cavaco para mim, representa duas palavras:

Encantamento e desilusão.

Na minha perdida juventude, eu era aquilo que se poderia chamar de cavaquista, ou seja, acreditava piamente que o seu trabalho em prol do país era fundamental para o nosso desenvolvimento e que a sua capacidade de liderança, nos dois governos maioritários, iria mudar para sempre o rumo de Portugal...

Vendo agora, continuo a achar que foi um bom Primeiro-Ministro, com erros que antes não era capaz de perceber, mas na realidade, escrever a história décadas depois de ela ocorrer, é injusto e pouco sério.

Tive pena quando chegou ao fim aquela década cavaquista e apressei-me a votar naquelas que foram as minhas primeiras eleições como cidadão...

Cavaco perdeu para Sampaio e desgostosamente enfrentei essa primeira derrota, de alguém que julgava invencível.

Os anos passaram e chegámos então às eleições de 2006 e a essa nova candidatura de Cavaco Silva, e uma vez mais, acreditei que através das suas qualidades, poderia ajudar o país a crescer e melhorar através da sua influência, resgatando talvez, a memória que guardava dessa minha adolescência.

E é neste período que encontro a chamada desilusão, pois as qualidades que encontrei durante aqueles anos, reformistas e de mudança, de estabilidade e seriedade, davam agora lugar, na minha opinião a um desgastante, amorfo e penoso caminho de inabilidades.

Cavaco perdeu-se assim como o país, em gaffes e ficções, em ausências e penosos discursos desconexos, em erros de cálculo e batalhas inadequadas...

Foi para mim, com a da sua falta de empatia e equivoco verbal, uma desilusão, observando o seu afundar colado a políticas que não creio, estivessem na sua matriz de centro direita.

Julgo que se afundou amarrado ao establishment do ultra liberal PSD e quado a geringonça lhe apareceu pela frente, com aquele truque parlamentar, deveria ter compreendido como ele mesmo, com os seus silêncios, ajudou a unir o que jamais se unira, a convergir aqueles que até então, apenas divergiam...

O PS e os partidos mais radicais da esquerda parlamentar.

Foi esse extremar de posições e a sua inabilidade para criar dentro do panorama político português as pontes necessárias, que acabaram por juntar esses partidos, numa coligação anti-natura.

Esta desilusão Presidencial, afastou-me desse passado, desse cavaquismo, desse legado que não renego mas vejo de maneira menos apaixonada e distante.

Assim neste dia, acredito que através do seu testemunho, poderemos conhecer melhor o seu ponto de vista, sobre alguns dos factos que decorreram durante os anos que nos guiaram até à Troika e mais tarde até à geringonça, mas não creio que consiga reverter a imagem titubeante e desastrada com que terminou os seus mandatos.

Para mim fica este dúbio sentimento...

De respeito por esse passado e por esse percurso de tantas décadas de vida pública mas também a tristeza e desilusão pela inaptidão e constrangedora falta de empatia com o país real, que certamente ficarão na história por mais que Cavaco Silva não o consiga aceitar.

 

Obrigado Prof. Cavaco Silva e que venha o segundo volume.

 

 

 Filipe Vaz Correia

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