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Caneca de Letras

09.12.16

 

 

Um amor renegado;

Rejeitado,

Magoado...

 

Um desejo maldito,

Proibido,

Amaldiçoado...

 

Um olhar profundo;

Num abraço que nos amarra,

Que desafia, vagabundo,

Esse mundo que nos agarra...

 

Esse amor fatal;

Escondido em nuvens escuras,

Antevendo um temporal,

Descrito em partituras,

Impossíveis de decifrar...

 

Esse sonho desejado;

Num destino que não me pertence,

Desejando aprisionado,

Esse amor intemporal...

 

Pobre coração;

Que quer ser livre e voar,

Pobre coração,

Que quer ser livre para amar...

 

Pobre coração;

O dos apaixonados!

08.12.16

 

Faltou-te tempo para viver;

Faltou-te tempo para amar,

Faltou-te tempo para crescer,

Faltou-te tempo...

 

Sobrou tempo para esta dor;

Sobrou tempo para tamanha Saudade,

Nesse tempo sem temor,

De levar esta amizade...

 

Destino ladrão;

Vagabundo,

Cancro maldito,

Sem vergonha,

Nesse grito profundo,

Que se liberta...

 

Caminho inacabado;

Uma vida por cumprir,

Planos, desejos imaginados,

Sonhos a fugir...

 

Ainda recordo o teu olhar;

A esperança e a frustração,

Que por vezes tinha lugar,

Dentro do teu coração...

 

Tantos anos se cumpriram;

Já não voltam,

Não regressam,

Desde essa tua despedida,

Que não sara, ferida...

 

Não consigo trazer-te de volta;

Nem voltar a te abraçar,

Nessa espécie de revolta,

Que por vezes quer escapar...

 

Ainda sinto a tua falta;

Ainda recordo aquele abraço amigo,

Aquelas travessuras de criança,

Que passei contigo...

 

Saudades, eternas, tuas;

Amigo que sempre quis,

Dessas lembranças nossas;

Luis!

 

08.12.16

 

O meu olhar está despido;

A minha alma desprotegida,

Num sofrimento indefinido,

Que me impede,fere,

No meio de tanto ruído...

 

Amarras minhas, que esvoaçam;

Por entre o céu que me completa,

Nesses horizontes que me atingem,

No peito, com setas...

 

Procuro fugir;

Desejo correr...

Libertar-me, voar,

Levantar os pés do chão,

Acreditando sem parar,

Que chegarei de foguetão,

Até à desejada felicidade...

 

E se um dia, lá chegar;

Cumprindo esse imaginado destino,

Nesse sonho que é vontade,

De uma perfeita liberdade...

 

Então, saberei que fui feliz.

 

 

 

 

 

 

06.12.16

 

Como olhar, hoje em dia, para o PSD?

Como observar, esses esquizofrênicos passos que insistem em dar?

Olhando para o panorama geral da Assembleia da Républica, não será dificil perceber que a bancada parlamentar do Partido Social Democrata é, de longe, aquela que mais fragilidades apresenta, mais boys aparenta, menos qualidade demonstra...

João Oliveira ou Rita rato, PCP, Mariana e Joana Mortágua, BE, João Galamba, Pedro Nuno Santos, PS, Cecilia Meireles, Adolfo Mesquita Nunes, CDS...

Nomes que goste-se ou não representam uma renovação nesses partidos, uma mudança de mentalidades, de discurso, de argumentação.

São pessoas que representarão o futuro, algumas já o presente, marcando de maneira indiscutível o destino dos seus partidos e com isso, a forma como o eleitorado irá ver essa mesma evolução.

O PSD parece amarrado a um passado, bafiento, cinzento, entristecido...

Preso a passos dados no passado, a uma realidade que já não existe e não voltará a existir.

Essas eleições e esse resultado não voltará no tempo, esses apoiantes não ficarão parados, num eterno movimento, PAF, isolado, aguardando por uma nova oportunidade...

O mundo é movimento, numa constante evolução, não se coadunando com esses dramas ou traumas que ficaram lá atrás no tempo.

Passos Coelho, por muito que isto custe, representa, por culpa própria, um passado que muitos Portugueses renegam, desconfiam, querem esquecer.

O PSD tem de se concentrar naquilo que é mais importante, na recuperação do seu passado reformista e Social Democrata.

O Partido de Sá Carneiro, está próximo das pessoas, do tecido social, das empresas, das constantes mutações sociais que um País como Portugal, inevitavelmente vive...

Passos Coelho desperdiçou todo esse potencial, toda essa massa crítica que habiualmente se identifica com o PSD.

Hoje as pessoas identificam o Partido Social Democrata, com o Ultra-Liberalismo, com Radicais economissistas agarrados a números em desproveito dos cidadãos...

Não pode ser assim...

O passado do PSD não é esse!

Por isso é necessário recrutar novas caras, novas pessoas, novas ideias para recuperar, velhos ideais, novas vontades, uma nova crença...

Uma nova esperança.

Sem o PSD, será difícil a este País reformar-se, mas não se iludam sem este País não existirá PSD!

Por isso digo, Esqueçamos Rios, Passos ou Mendes e buscamos definitivamente algo novo...

Sem receios de encontrar, o desencontro próprio de novos tempos.

 

Filipe Vaz Correia

  

06.12.16

 

Pela primeira vez;

Sempre primeira,

Para sempre inteira...

 

O primeiro embaraço;

Pequeno desenho,

Pequeno traço...

 

Um instante, senão;

De um calor que então,

Me fazia tremer...

 

Queria ceder, responder;

Parar de estremecer,

Poder saber o que fazer...

 

Pela primeira vez;

Fechei os olhos e acreditei,

Nessa imagem, que imaginei,

Nesse beijo, que guardei...

 

Entreguei-me finalmente;

Numa travessura jovial,

Desejando inocentemente,

Esse momento intemporal...

 

Assim foi o meu primeiro beijo;

Nesse canto do meu quarto,

Onde ainda hoje me vejo,

Inocente.

 

 

 

 

05.12.16

O Não venceu em Itália, com quase 60% dos votos, no referendo requerido por Matteo Renzi, para tentar mudar o sistema político Italiano e a sua eterna contradição...

A democracia Italiana vive aprisionada a este sistema há décadas, levando a que os rostos desse sistema se perpetuem, ad aeternum, num emaranhado de cargos e contra-poderes, que não permitem a quem governa as competências legislativas suficientes para reformar verdadeiramente o País.

Renzi jogou com tudo o que tinha, colocando mesmo o seu futuro político como trunfo, para uma vitória que acreditava poder alterar o rumo da sua Nação, no entanto, ameaçando demitir-se em caso de desaire, Matteo Renzi conseguiu unir todos os seus adversários, na expetactiva de assim o conseguirem afastar do quadro político Italiano.

Renzi perdeu e cumpriu...

Para Itália, já não está mal.

Numa recente entrevista ao 60 Minutos, Matteo Renzi admitiu que havia errado, ao elevar a fasquia, pois em caso de derrota ele colocaria em causa todo o seu trabalho, o seu papel e o papel do seu governo, mas era tarde demais para recuar, para fugir das palavras que o acorrentavam à promessa que havia dado.

Muitos políticos Italianos ao longo de décadas disseram o mesmo e o seu contrário, percorrendo todos esses cargos e lugares públicos que agora Renzi queria extinguir ou restringir, por isso tenho a expectativa que com o seu exemplo Matteo Renzi possa, mesmo depois desta derrota, conseguir demonstrar um novo caminho para este velho País.

A Europa vê assim nascer uma nova questão:

O que fazer, se o populista movimento Cinco Estrelas, de Peppe Grillo, assumir o poder numas novas eleições em Itália?

Mais um movimento Anti-Europeu, para implodir o ideal criado pela UE.

A Europa tem de a todo o custo, tentar inverter esta imensa contestação que cresce dentro de si, pois caso contrário, esta irá implodir através desses mesmos governos eleitos em cada País, que se unirão para combater o progressivo avanço de uma União Europeia.

A queda de Renzi é na minha opinião um passo dado nesse desconhecido rumo.

Por fim não posso deixar de notar a derrota da extrema direita na Áustria, o que contrariando a maioria das sondagens veio dar uma pequena esperança, de que afinal ainda é possivel combater os Radicalismos crescentes em toda a Europa.

Mude-se as politicas, fale-se ao coração das pessoas e ouça-se o que estas tem a dizer...

Escutando-as, estaremos mais perto de desarmar os populismos e as demagogias.

Assim depois de mais uma noite eleitoral e vendo o discurso de Matteo Renzi, fico com a esperança de que um dia, este ainda possa ter uma palavra a dizer sobre o futuro do seu Pais...

Da nossa Europa.

Por isso, Arriverdeci e Buona Fortuna, Signor Matteo Renzi... 

04.12.16

 

Ainda penso no que não queria pensar;

Ainda me recordo do que não queria recordar,

Ainda faz parte de mim,

Essa angústia sem fim,

Daquele dia assim...

 

Ainda tenho que viver;

Sabendo sem querer,

Que o fim ou morrer,

Faz parte desse saber,

Que é a vida...

 

Vida...

 

Tão estranha forma de celebrar;

Uma passagem por este lugar,

Onde nos cruzamos a caminhar,

Com sentimentos a chegar,

Até partir, zarpar...

 

É assim a vida;

Sobra pouco para explicar,

Deste enigma a questionar,

A escrever ou partilhar...

 

Resta-nos aproveitar;

Cada dia,

Cada olhar,

Como se fosse a primeira vez...

03.12.16

 

Saltei de uma ponte;

A mais alta que encontrei,

E nesse tempo em que caía,

Nesse tempo pensei...

 

Em tudo o que ficou para trás;

Que deixei nessa história,

Que vivi, que jaz,

Perdido na minha memória...

 

Fugi de tanto e de tão pouco;

Não consegui mais resistir,

Às agruras de um louco,

Que resolveu de si, fugir...

 

Fuga para lá do entendimento;

De um tempo que não compreendo,

De um desmesurado sofrimento,

Que não pedi a ninguém...

 

Quem julgará o meu destino?

Esse que me deram ao nascer,

O mesmo que rejeitei,

No dia em que decidi morrer...

 

Tão gigante esta decisão;

Tão enorme o meu salto,

Neste grito sem perdão,

Que findou este acto...

 

Fui-me embora, simplesmente;

Disse que não, cobarde,

Mas no fundo do meu coração,

Ficou para sempre uma saudade...

 

Saudade, de mim mesmo.

 

02.12.16

 

Teu sorriso;

Meu agrado,

Pouco siso,

Desencontrado,

Perdido nesse riso,

Tresloucado,

Viajante de um passado,

Não realizado...

 

Teu afago;

Meu desencontro,

Desejando,

Por entre esses sonhos,

Que não desejo sonhar,

Com o receio de encontrar,

O tal esconderijo secreto...

 

Teu beijo;

Tão salgado,

Nesse desejo,

Tão ansiado,

Nesse ensejo,

Cheio de sal,

Que se formou no meu sentimento...

 

Meu amor;

Sem o ser,

Meu fervor,

Sem o viver,

Tantas dúvidas,

Expectativas...

 

Apenas por desejar;

O Impossível.

01.12.16

 

Porque me fazes doer?

Palavra estranha,

Por vezes até entorpecer,

Nesse passado que se entranha,

Devagar ao amanhecer,

De mansinho nos apanha...

 

Porque me iluminas sem brilhar?

Me deixas sentir esse sabor,

Esse intenso paladar,

Resgatando sem pudor,

Sem despir, divagar,

Esse passado às vezes dor...

 

Essa dor às vezes passada;

Essa mágoa por vezes regressada,

Numa mistura já vivida,

Por vezes ferida,

Sempre sentida...

 

E só assim;

Vivendo por ti,

Sinto as Saudades que adoçam a minha alma.

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