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Caneca de Letras

02.11.16

 

Vi-te ir embora;

Vi-te morta

Sem vida, despedida

Numa partida, sentida

Numa abalada, despida

Ternura tão nossa...

 

Vi-te assim;

Nesse entretanto, enfim,

Nesse nublado jardim

Por de entre um cheiro de jasmim

Uma parte de mim

Nesse teu imenso fim...

 

Vi-te, como me recordo;

Com essa dor permanente

Esse desgosto insistente

Esse grito, tão presente

Desse pesadelo existente

Essa mágoa que se sente...

 

Vi-te, sem mais nada;

Prostrada, deitada

Entregue ao destino

A esse teu momento, jornada

Assim te vi...

 

Vi-te pela última vez!

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