23.02.18
Ao longe o vento...
Sempre o vento.
Tão perto o silêncio;
Sempre o silêncio.
Sentado ao piano;
Tentando resgatar a melodia,
Outrora perdida,
Buscando essa harmonia,
Que se escapou pelas asas do tempo...
Ao longe o vento;
Tão perto o silêncio...
Sentado numa sala vazia;
Quase despida,
Repleta de paredes frias,
Na alma ferida,
Despedaçada...
Só eu e aquele singelo piano;
Empoeirado pedaço vida,
De uma vida que existiu,
Mas se calou...
Ao longe o vento;
Tão perto o silêncio...
Sempre o silêncio;
Entrelaçando esse vento,
Que insiste em chegar,
Irromper as barreiras empoeiradas,
As trancas exacerbadas,
Que me rodeiam...
Ao longe o vento;
Tão perto o silêncio...
Nessa dança constante;
Que me persegue,
Segredando hesitante,
A eterna vontade,
De te amar...