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Caneca de Letras

30.06.17

 

 

 

Nascemos sós;

Morremos sós...

 

E nesse entretanto;

Que chamamos de vida,

Buscamos encontrar,

A fórmula perdida,

Para a desejada felicidade...

 

Por vezes chorando,

Outras vezes sorrindo,

Vai a alma caminhando,

Pela mais bela viagem,

Que um dia existiu...

 

Viajando no complexo;

Destino,

De cada um de nós...

 

Pois nascemos sós,

E morremos sós.

 

 

 

 

30.06.17

 

 

 

Colorida tela,

Cheia das mais belas cores,

Iluminada por uma vela,

Retratando tamanhas dores...

 

Doloridas sinfonias,

Desafinadas orquestras,

Descrevendo amores e agonias,

Com palavras mestras...

 

E num reflexo pincelado,

Tracejando cada linha,

Almejando desajeitado,

O futuro que se avizinha,

Num desespero desamparado,

Por mais um pedaço ali guardado...

 

Naquele quadro,

Naquela vida,

Naquele pedaço de ilusão.

 

 

28.06.17

 

 

 

Como explicar ao coração;

Que chegaste e partiste,

Amargurada razão,

Que em mim subsiste...

 

Como lidar com esta dor;

Esta complexa forma de amar,

Este vazio transformado em ardor,

Que parece não mais acabar...

 

Porque meu filho sempre serás;

Pois tão breve foi a nossa eternidade,

O teu nome em mim viverá,

Assim como esta eterna saudade...

 

E partindo tristemente assim;

Este pequeno menino que amo,

Este filho que desejei sem fim,

E que para sempre me pertencerá...

 

Porque a morte;

Nunca será tão forte,

Como o meu amor,

Por ti.

 

 

27.06.17

 

 

 

Vai apagando a memória;

Os sorrisos de outrora,

Vai desvanecendo esta história,

Por entre a dor de agora...

 

Vai toldando a emoção;

Impregnada de ardor,

Vai deixando o coração,

Aquele eterno amor...

 

Vai doendo sem parar;

Sem saber como dizer,

O que um dia foi amar,

E se tornou desvanecer...

 

E assim devagarinho;

Suavemente arrancando,

Esse eterno carinho,

Que para sempre irei guardando...

 

Bem escondido;

No ausente pedaço,

Daquele amor maior.

 

 

27.06.17

 

A decadência de um político é muitas vezes confrangedora, muito mais nesta época mediática em que nos encontramos, no entanto, aquilo que ontem se passou com Pedro Passos Coelho, líder do PSD, vai muito para além deste nível...

O que fez o actual líder do PSD é nada mais do que o ultrapassar de todos os parâmetros da indigência humana, numa flagrante utilização de uma catástrofe para disputa política, comportando-se de maneira reles e deplorável.

Mesmo que na verdade, algumas pessoas tivessem se suicidado em consequência desta tragédia, muitas delas familiares, decorrente do incêndio de Pedrogão Grande, seria mesmo assim muito discutível, a utilização deste drama no contexto do combate político e na busca de obtenção de dividendos públicos com isso, no entanto, tendo em conta que o anterior Primeiro Ministro nem sequer se deu ao trabalho de verificar a informação, o seu gesto tornou-se ainda mais irresponsável...

O facto de a noticia ser falsa e baseada num rumor contada por um verme qualquer, por sinal seu correligionário, demonstra apenas o desnorte e o desespero em que se encontra o actual líder da oposição, mostrando também a falta de dignidade e de carácter que norteiam o seu pensamento.

Como pode alguém trazer para a praça publica este tipo de argumentação, sem que esta tenha de ser analisada com os critérios de um oportunista medíocre?

O pedido de desculpas que Passos Coelho mais tarde se viu obrigado a fazer, é curto, pequeno demais para o acto abjecto que cometeu, sendo também um sinal de que no meio de toda esta história, existiu mesmo um suicídio...

O seu.

Se porventura alguém tinha dúvidas, deixou de ter...

Pedro Passos Coelho, morreu politicamente.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

26.06.17

 

 

 

Toca só mais uma vez;

Essa nossa canção,

Num leve despertar,

Despertando o coração...

 

Liberta assim a derradeira melodia;

Memórias de um dia,

Ansiada harmonia,

Que entretanto perdi...

 

Toca só mais uma vez;

Essa distante lembrança,

Em forma de música,

Pedaço de esperança...

 

Toca por favor;

Só mais uma vez,

Essa canção que um dia me pertenceu.

 

 

 

25.06.17

 

 

 

As águas deste rio;

Tranquilas e adormecidas,

Acompanham os meus pensamentos,

Juntando as palavras perdidas,

Que foram minhas por um momento...

 

As águas deste rio;

Soletram a minha dor,

Recuperando as lágrimas,

Que nesta ânsia sem pudor,

Por vezes me invadem...

 

As águas deste rio;

Vão fingindo ainda sorrir,

Para num singelo arrepio,

Tocarem a minha triste alma...

 

 E sentindo sem parar;

Caminhando o pensamento por essas livres águas,

Vai continuando a sonhar,

O coração abandonado,

De um poeta.

 

 

 

 

 

25.06.17

 

 

 

Já a vida me escapou;

Se perdeu nos meu pensamentos,

O destino que me falhou,

Por entre os caminhos deste tormento...

 

Sinto a imensa solidão;

Aprisionada na minha mente,

O vazio no coração,

E no meu olhar descrente...

 

Vejo tudo a preto e branco;

Despedi-me de todas as cores,

Isolei-me neste pranto,

De agruras e dores...

 

E sonhando com a tristeza;

Com a minha triste amargura,

Vou sentindo a incerteza,

Que me invade na loucura...

 

E sobrando-me a infelicidade;

Como forma de viver,

É imensa a saudade,

De ter vontade de querer...

 

Ou de pelo menos ver o mundo;

Com todas as suas cores.

 

 

24.06.17

 

Muitas vezes me aproximo da janela, à noite, esperando reconhecer nas estrelas que brilham intensamente, um rosto conhecido por entre o desconhecido enigma deste destino que nos envolve...

Tantas e tantas vezes procuro naquela escuridão impregnada de cristais cintilantes, um pedaço de mim mesmo, desse passado e das pessoas que já partindo, eternamente fazem parte da minha alma.

Procuro assim atenuar as saudades que insistem em sobreviver, acorrem vezes sem conta à minha mente para recordar a falta que ainda sinto, de cada um...

Por vezes nesse constante reencontro com os momentos que já fugiram, relembro sorrisos e lágrimas, resgato tristezas e alegrias, tentando preencher um vazio que sempre acaba por reaparecer.

Nessas noites, tendo a lua como testemunha, converso com o misterioso desconhecido que insisto em crer será repleto de reencontros ansiados...

E se assim não for?

As dúvidas e anseios próprios desta imensa incerteza que por vezes me invade, fazendo-me olhar novamente para aquelas estrelas, para aquele brilho e através dele voltar a perder-me na crença de que me ouçam.

A noite permanece, as estrelas ali continuam e eu volto a esconder as intensas saudades guardadas em mim, daqueles que para sempre meus, infelizmente, partiram para longe.

Mais uma noite, nesta eternidade pejada de enigmas...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

24.06.17

 

De facto as mentes pequenas alimentam-se da espuma dos dias ou apenas da sua inaptidão para compreender princípios maiores...

Bruno de Carvalho como um representante dessa estirpe, não poderia deixar passar a oportunidade para comentar, numa Assembleia Geral imagine-se, um dos fait-divers do dia:

O almoço entre António Dias da Cunha e Luís Filipe Vieira.

O Presidente do Sporting mostrou-se indignado com este repasto entre o anterior Presidente do Sporting e o atual Presidente do Benfica, pois na sua pequenina mente nunca lhe passou pela cabeça que aquelas duas pessoas pudessem ser amigas...

Nesse almoço que supostamente se realiza, há anos, uma vez por mês, estavam também presentes Menezes Rodrigues ou Bagão Félix entre outros, num convívio que apenas aos presentes diz respeito.

A amizade, sentimento nobre que liga pessoas apesar da sua cor, credo e imagine-se até clubes, é um principio maior, por vezes de difícil compreensão principalmente para populistas demagogos que lidam mal com a diferença de opinião...

Mas porque raio, dois amigos, como Dias da Cunha e Luís Filipe Vieira não poderiam almoçar?

Mais...

Porque razão não pode Dias da Cunha discordar de Luís Filipe Vieira e mesmo assim continuar seu amigo?

Bruno de carvalho nunca compreenderá este tipo de comportamento, pois este acarreta em si mesmo, um certo tipo de valores que certamente o atual Presidente do Sporting desconhece.

Para mim este seria um dilema de fácil resolução, pois se um dos meus melhores amigos fosse Presidente do Benfica e eu tivesse sido presidente do Sporting, almoçaria com ele as vezes que me apetecesse, porque entendo que a amizade é algo superior aos sound bytes do dia.

O que me espantaria era se António Dias da Cunha fosse apanhado a almoçar com Bruno de Carvalho...

Em primeiro pelo simples facto de não serem amigos e em segundo lugar porque o sócio Bruno de Carvalho correria o sério risco de ser expulso do clube, pelo Presidente Bruno de Carvalho.

E assim continua o Reinado do Leãozinho.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

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